O deputado do PSD/Açores, João Bruto da Costa, pediu hoje
explicações ao Governo Regional sobre “a exclusão das ilhas de São Miguel,
Santa Maria e Graciosa na programação de uma eventual reabertura do transporte
marítimo de passageiros e viaturas durante o corrente ano “.
O social democrata refere-se à consequência “do anúncio do
cancelamento do fretamento sazonal de navios para o verão de 2020 – feito esta
quarta feira, pelo executivo -, por via do surto da Covid-19 e após parecer da
Autoridade de Saúde Regional”, explica.
Mas alerta que, segundo disse Secretária Regional dos
Transportes e Obras Publicas, “se for levantada esta suspensão, as ligações
poderão ser retomadas, de acordo com o horário de verão da Atlânticoline e
recorrendo à sua frota própria, realizando a operação entre Faial, Pico, São
Jorge e Terceira, bem como a operação entre as ilhas das Flores e Corvo”,
adianta.
“Isso vai novamente excluir a Graciosa da operação, já que a
ilha não integra a Linha Lilás, que percorre o Grupo Central”.
“A Graciosa poderá ficar totalmente isolada no transporte
marítimo de passageiros e viaturas, caso este se possa vir a concretizar ainda
este ano”, alerta João Bruto da Costa.
“O mesmo sucede com a ausência de qualquer programação ou
soluções para as ligações entre São Miguel e Santa Maria, que é igualmente
inaceitável”, acrescenta.
“Exige-se assim que o Governo explique também se está
disponível para apresentar um plano que assegure ligações para as referidas
ilhas, caso estas sejam possíveis no restante arquipélago”, questiona o social
democrata.
“Acresce a tudo isso a aparente intenção de, mesmo sem alternativas,
o Governo continuar a não alargar a Linha Lilás da Atlânticoline à Ilha
Graciosa, como lamentavelmente vem acontecendo”, refere o parlamentar.
João Bruto da Costa recorda que “a justificação apresentada
para a não escala da Linha Lilás na Graciosa baseou-se sempre na existência da
alternativa, e no suposto reforço de toques dos navios fretados para a época
estival o que, manifestamente, não será agora sustentável”, sublinha.
O deputado conclui, dizendo que “não se compreende que estas
três ilhas não sejam objeto, desde já, de qualquer programação ou planeamento.
Por razões diversas e especificas, isso poderá prejudicá-las de forma
injustificável”, disse.