O deputado do PSD/Açores João
Bruto da Costa questionou o Governo Regional sobre eventuais medidas adotadas
“para salvaguardar os postos de trabalho dos funcionários do Hotel da
Graciosa”, uma vez que a recente alteração da situação de exploração daquela
unidade hoteleira, “que é um equipamento público, propriedade da Região, gera
as maiores preocupações a esse nível”, adianta.
Num requerimento enviado à
Assembleia Legislativa, o social democrata quer igualmente saber se houve, por
parte do Governo Regional, “alguma intervenção no processo de alteração da
gestão do Hotel da Graciosa”, já que, “por diversas vezes, a tutela afirmou que
era benéfico para a ilha que o hotel fosse explorado por uma empresa local,
estando agora essa situação em risco”.
Assim, “o PSD/Açores
manifesta grande preocupação com a situação dos trabalhadores das empresas
graciosenses que agora cessaram a sua atividade no Hotel da Graciosa”, já que,
“numa ilha onde não abundam ofertas de emprego, o seu eventual desemprego deve
merecer uma atenção especial”, diz João Bruto da Costa.
“A eventual cessação do
vínculo laboral dos trabalhadores, bem como a falta de oportunidades de emprego
que, infelizmente, tem sido regra na Graciosa, podem originar processos de
abandono da ilha, contribuindo para a seu despovoamento, o que também exige uma
redobrada atenção e preocupação”, acrescenta o parlamentar.
“Tendo sido divulgada a
intenção de vender o Hotel da Graciosa, é necessário conhecer as atuações da
tutela nesse sentido, bem como saber se nesse eventual negócio são assegurados
os postos de trabalho”, considera João Bruto da Costa.
O deputado social democrata
recorda ainda que o investimento público no Hotel da Graciosa “foi superior a 7
milhões de euros, e previa a criação de cerca de 30 postos de trabalho diretos,
sendo esse um fator determinante na aprovação daquele tipo de investimentos com
apoio comunitário”, alerta.
E acrescenta que, de acordo
com as notícias relativas à situação do hotel, “é dito a sua concessionária
nunca terá pago qualquer verba pela concessão, o que gera as maiores dúvidas
sobre os termos dos contratos celebrados pela região e a exata medida em que se
salvaguardaram o interesse público e a boa gestão das verbas investidas na ilha
Graciosa”, concluiu João Bruto da Costa.