No debate sobre Solidariedade Social, o deputado do
PSD/Açores, João Bruto da Costa, acusou o Governo Regional de “incentivar o
assistencialismo”, não mostrando “querer resolver o problema da pobreza no
arquipélago, aproveitando-se das desigualdades sociais “para aparecer, como o
bom samaritano, para obrigar as pessoas a manterem-se numa situação de
dificuldade”, afirmou.
O deputado Graciosense, defendeu que se deveriam
“aumentar os rendimentos dos mais pobres e não incentivar esse assistencialismo
crescente”, adiantou.
João Bruto da Costa lembrou o anúncio da entrega de
cabazes de compras a famílias carenciadas, como exemplo “desse assistencialismo
promovido pelas políticas sociais deste governo”, uma postura “que não é nova
no socialismo regional açoriano, que celebra as dependências sociais em
comícios e passeios oficiais, promovendo esse assistencialismo como o remédio
para todos os males”, disse.
Numa linguagem atual, João Bruto da Costa considerou
que “essa podia ser a “selfie” do socialismo açoriano, com o presidente a
distribuir apoios às vítimas de uma governação de 22 anos, no seu 23º plano e
orçamento, agarrado ao poder e a atrasar o desenvolvimento dos Açores”,
referiu.
O parlamentar lembrou que o PSD/Açores “está a fazer o
seu trabalho, apresentando-se como uma alternativa a este regime socialista,
onde uma elite se governa com o governo, para que outros fiquem na soleira da
porta, uns aguardando instruções, outros pedindo uma ajuda, na dependência das
desigualdades”.
“Tudo porque a maioria necessita delas para uma
reeleição, que é cada vez mais condicionada pela utilidade da participação”,
afirmou João Bruto da Costa.
“Mas este é o resultado das sucessivas maiorias
socialistas nos Açores. E isso já nem nos espanta”, acrescentou.
O social democrata defendeu um combate à pobreza, “que
este governo não quer fazer”, que dê “autonomia de vida às pessoas, rendimentos
que cheguem para as necessidades do dia-a-dia e emprego com futuro, acreditando
que não é necessário ter amigos com poder para se vencer na vida”.
Assumindo que esse combate à pobreza terá o PSD/Açores
como alternativa a um poder socialista “para quem tudo está bem como está”,
João Bruto da Costa, anunciou que a bancada social democrata voltará a propor
os aumentos dos complementos destinados “aos mais pobres de entre os pobres”.
“O governo e a maioria querem ser os campeões do combate
à pobreza, mas não querem e não propõem esses aumentos para os complementos dos
rendimentos de quem passa por maiores dificuldades”, numa estratégia “de manter
as pessoas agarradas a uma ida à assistência, ou a bater na porta de um senhor
do PS, ou de alguém que não se esqueça de sugerir o dever de gratidão”.
João Bruto da Costa criticou “a má consciência
social”, desses mesmo agradecimentos “a que obrigam, com toda a pompa, nas
cerimónias públicas de forma cínica e politicamente condenável”, concluiu.