
A draga ‘Coral
da Horta’, pertencente à empresa faialense Rufribetão, abasteceu a Graciosa com
cerca de 1.500 m3 de areia, e também se deslocou, durante o fim de semana, à
Terceira para abastecer alguns clientes da ilha, regressando ao Pico e ao Faial
para continuar a abastecer estas duas ilhas.
A draga
‘Baixio’, da Tecnovia, que esteve parada por avaria entre 13 e 28 maio, já
retomou a operação e encontra-se desde domingo a abastecer a ilha do Pico,
sendo que, de seguida, irá abastecer as ilhas de São Jorge e do Faial.
O Diretor
Regional dos Assuntos do Mar, Filipe Porteiro, adiantou que, “após a
normalização do abastecimento de areia em todas as ilhas do Grupo Central, as
dragas seguem, logo que possível, para o Grupo Ocidental, estando previsto que
essa deslocação ocorra ainda durante a primeira quinzena deste mês”.
A terceira draga
a operar na Região, a ‘Dragocidental’, da empresa Dunamagnata, depois de ter
abastecido Santa Maria, regressou a São Miguel, onde permanecerá a abastecer a
ilha até 15 de junho, partindo depois para a Terceira ou, eventualmente, para
outra ilha do Grupo Central que necessite de ser abastecida de inertes.
A ‘Coral da
Horta’, após vários meses de inoperacionalidade por ter sido abalroada por um
navio, recomeçou a atividade extrativa no início de maio e esteve a abastecer
de areia as ilhas do Pico e do Faial, antes de se deslocar para a Graciosa e
Terceira.
Segundo o
Diretor Regional, as “alterações estruturais” efetuadas nesta draga “exigiram
uma vistoria e uma autorização especial provisória da Direção Geral de Recursos
Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), de modo a não colocar em causa
a segurança das operações”.
Filipe Porteiro
referiu que a Tecnovia, proprietária da draga ‘Baixio’, que opera na Madeira,
foi sensível à falta de areia na Região, deslocando o equipamento para os
Açores, permitindo, por um lado, contribuir para a normalização dos stocks
existentes em todas as ilhas e, por outro, fornecer à ilha das Flores um grande
volume de areia que se destina à empreitada preparatória do Porto das Lajes,
que foi destruído pelo furacão Lorenzo
As medidas de
confinamento e as quarentenas obrigatórias devido à COVID-19 também
condicionaram a atividade destas empresas nos últimos meses no arquipélago.
Na Região, estão
atualmente licenciadas para a extração de areia três dragas, a ‘Dragocidental’,
a ‘Coral da Horta’ e a ‘Baixio’.
A licença prevê
a obrigatoriedade de fornecimento de areia às ilhas para as quais solicitaram
autorização.
Embora se trate
de uma atividade empresarial, a Secretaria Regional do Mar, através da Direção
Regional dos Assuntos do Mar, tem levado a cabo todos os esforços para que o
arquipélago possa ser abastecido com esta matéria, não pondo em causa as
diversas atividades económicas que dela dependem.
Fonte: GaCS
Foto: Portos dos Açores SA