segunda-feira, março 30, 2020
Rádio Graciosa
"Olho a polémica da continuidade territorial do Estado unitário do decreto presidencial do estado de emergência numa perspetiva positiva da solidariedade nacional.
A questão da continuidade territorial é estrutural da comunidade das ilhas, a continuidade territorial de uma ilha, de um microcosmos social, económico e até cultural é valor de vivência insular. Olhar o horizonte sabendo que somos projetados para lá do imenso mar que nos separa só engrandece a nossa identidade comum e devolve à igualdade o dever de se impor para além do presente.
Se nas emergências somos consagrados pela continuidade territorial, na “normalidade” só podemos conhecer igual ou maior harmonia.
Diferente é a questão de ter um imbróglio constitucional na execução e na vinculação à emergência por via de um pólipo legal a que se ousa chamar representante da república e que só atrapalha a gestão de uma crise imensa e duradoura.
Não fosse isso e tinha-se resolvido mais cedo a quarentena obrigatória para quem entra nos Açores.
Há as continuidades e as incompatibilidades unitárias."
