O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou que serão pagos até fevereiro cerca de três milhões de euros de
compensação aos quase 1.500 produtores que, devido à seca verificada este ano,
tiveram prejuízos na produção das culturas de milho forrageiro, hortícolas,
sorgo e tabaco.
O governante adiantou que ficou definido um valor referência
de 1.190 euros por hectare para o milho e de 3.570 euros por hectare para os
produtos hortícolas para o cálculo da ajuda a atribuir aos produtores
prejudicados pela seca, sendo que a Região comparticipa apenas 75% do valor
total apurado para os prejuízos.
Numa portaria já publicada em Jornal Oficial foram
estabelecidos três graus de perdas, nomeadamente de 25, 50 e 75%.
“Para aqueles agricultores que tiverem prejuízos da ordem dos
75% nas suas produções, o apoio do Governo Regional será de 669 euros por
hectare no caso do milho forrageiro, porque, no caso dos produtos hortícolas, o
valor triplica (2.008 euros por hectare)”, indicou João Ponte.
No caso da perda de produção de milho forrageiro ser avaliada
em 50%, o agricultor irá receber um apoio de 446 euros por hectare e, no caso
dos produtos hortícolas de 1.339 euros por hectare.
Se a perda for de 25%, o apoio aos produtores de milho
atingirá 223 euros por hectare e 669 euros por hectare, no caso dos hortícolas.
João Ponte manifestou ainda satisfação com o facto de as
previsões de prejuízos declaradas pelos agricultores que se candidataram ao
apoio terem sido “muito semelhantes ao verificado pelas equipas de controlo da
Secretaria Regional no terreno”, o que significa que houve por parte dos
agricultores um grande rigor na avaliação dos seus prejuízos.
O titular da pasta da Agricultura disse ainda que, de acordo
com os dados existentes, tudo leva a crer que será necessário um reforço do
apoio à importação de alimentos para os animais, no caso das condições
meteorológicas durante o inverno serem adversas.
Neste momento, a situação só não foi tao grave porque os
agricultores estiveram a recorrer até agora a alimentos que tinham armazenados
e que vão fazer falta durante o período de inverno.