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Rádio Graciosa


18 novembro 2016

PSD acusa governo de esquecer politica de natalidade

O PSD/Açores avançou que a Região “precisa de uma política demográfica”, denunciando que o programa de governo em discussão “nada diz sobre o assunto, o que não se compreende, numa região com um envelhecimento populacional galopante e com taxas de natalidade que não garantem a renovação de gerações”, disse o deputado Jorge Jorge.
O social-democrata criticou “a ausência de intenção em implementar uma verdadeira política de natalidade” e defende que “se encontre um juízo equilibrado para uma intervenção em termos de políticas públicas”.
Para Jorge Jorge, essas ações “têm sido insuficientes, concentrando-se apenas nas questões do envelhecimento, com foco na população com mais de 65 anos”.
E reforçou que “a análise da corrente situação demográfica da Região, face à natalidade e ao envelhecimento populacional, deve fazer-se de forma cuidada, fundamentada e devidamente ponderada”.
O deputado do PSD/Açores lembrou que, em 2011, os Açores tinham uma média “de 73 pessoas com mais de 65 anos por cada 100 jovens. A nível nacional, por cada 100 jovens existiam 127 idosos”, completou.
“Não podemos ficar tranquilos com estes números, já que as ilhas do Pico, São Jorge e a Graciosa apresentavam valores muito superiores à média nacional. E apenas São Miguel e Santa Maria apresentavam valores abaixo da média regional”.
“Tão ou mais importante que o enfoque dado ao envelhecimento importa, no entanto, que a natalidade seja igualmente inscrita na agenda das políticas regionais, e passe a constituir-se como o principal foco da ação destas medidas”.
Jorge Jorge referiu ainda que a taxa de natalidade dos Açores “se situa à volta dos 11,1 nascimentos por cada mil habitantes, enquanto que a nacional está nos 9,2 por mil. Mais uma vez, este resultado não nos pode deixar satisfeitos, nem tão pouco descansados”.
E explicou que “apenas São Miguel apresenta valores acima da média regional. Todas as outras ilhas apresentam valores inferiores à mesma”.
O deputado defendeu igualmente “que se implementem políticas de família eficazes, focadas na remoção dos obstáculos existentes, para que cada família possa ter o número de filhos mais próximo do que deseja”, concluiu.


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