O PSD/Açores avançou que a Região “precisa de uma política demográfica”,
denunciando que o programa de governo em discussão “nada diz sobre o assunto, o
que não se compreende, numa região com um envelhecimento populacional galopante
e com taxas de natalidade que não garantem a renovação de gerações”, disse o
deputado Jorge Jorge.
O social-democrata criticou “a ausência de intenção em
implementar uma verdadeira política de natalidade” e defende que “se encontre
um juízo equilibrado para uma intervenção em termos de políticas públicas”.
Para Jorge Jorge, essas ações “têm sido insuficientes,
concentrando-se apenas nas questões do envelhecimento, com foco na população
com mais de 65 anos”.
E reforçou que “a análise da corrente situação demográfica da
Região, face à natalidade e ao envelhecimento populacional, deve fazer-se de
forma cuidada, fundamentada e devidamente ponderada”.
O deputado do PSD/Açores lembrou que, em 2011, os Açores
tinham uma média “de 73 pessoas com mais de 65 anos por cada 100 jovens. A
nível nacional, por cada 100 jovens existiam 127 idosos”, completou.
“Não podemos ficar tranquilos com estes números, já que as
ilhas do Pico, São Jorge e a Graciosa apresentavam valores muito superiores à
média nacional. E apenas São Miguel e Santa Maria apresentavam valores abaixo
da média regional”.
“Tão ou mais importante que o enfoque dado ao envelhecimento
importa, no entanto, que a natalidade seja igualmente inscrita na agenda das
políticas regionais, e passe a constituir-se como o principal foco da ação
destas medidas”.
Jorge Jorge referiu ainda que a taxa de natalidade dos Açores
“se situa à volta dos 11,1 nascimentos por cada mil habitantes, enquanto que a
nacional está nos 9,2 por mil. Mais uma vez, este resultado não nos pode deixar
satisfeitos, nem tão pouco descansados”.
E explicou que “apenas São Miguel apresenta valores acima da
média regional. Todas as outras ilhas apresentam valores inferiores à mesma”.
O deputado defendeu igualmente “que se implementem políticas
de família eficazes, focadas na remoção dos obstáculos existentes, para que
cada família possa ter o número de filhos mais próximo do que deseja”,
concluiu.