O deputado do PSD afirmou que “o investimento
público regional previsto, nesta proposta de orçamento para 2015, e no que à
Ilha Graciosa diz respeito, será da ordem dos 28 milhões de euros”, mas que tem
“a certeza que uma parte significativa desta verba não será investida na ilha
Graciosa. Ou por falta de verba, ou por falta de tempo, ou ainda, porque o
dinheiro levará outro caminho, como é costume.”
O deputado graciosense frisou que “nos últimos
18 anos a Ilha Graciosa foi sempre contemplada com vastas somas de euros. Os
Planos e Orçamentos públicos foram sempre os maiores de sempre em cada ano que
passou. Estamos aqui e agora perante o 19º Plano de Investimentos maior de
sempre, no dizer do marketing político do Partido Socialista.”
A “desgraça” disse o deputado do PSD “é
evidente quando comparamos as verbas gastas e os resultados alcançados; quando
os graciosenses se dão conta do que se fez e do que não se conseguiu, fazer em
Autonomia, com um governo próprio, com as maiorias absolutas do Partido
Socialista.
E olha-se para a sociedade graciosense, em
Novembro de 2014, com pouca esperança. Porque a realidade é deveras difícil
para os mais novos e mais velhos, para os que vivem do campo e para os que
vivem do mar, para os que sofrem as agruras de um problema de saúde e não têm
quem lhes socorra a tempo e a horas.”
“Apesar dos tantos milhões apregoados, o resultado
é uma sociedade graciosense onde a pobreza abunda, e que só encontra comparação
nos anos idos do antes de 25 de Abril. É ver a alta taxa de beneficiários do
Rendimento Social de Inserção, e também a alta taxa de famílias com rendimentos
mensais inferiores a 350€.
Apesar dos tantos milhões apregoados, o
resultado é haver tantos graciosenses desempregados e tantos jovens sem
perspetivas de futuro na sua ilha.
Apesar dos tantos milhões apregoados, os
erros de governação persistem na área dos transportes quando colocam a Graciosa
de fora do Plano Integrado de Transportes. Quando o transporte marítimo
continua a servir muito mal a Graciosa e o transporte aéreo severamente
limitado na disponibilidade de lugares e de carga, continuando a penalizar a
economia da ilha.
Apesar dos tantos milhões apregoados e
gastos, os erros de governação persistem numa área que já chegou a ser apontada
como o futuro da Graciosa, o turismo. O episódio das Termas do Carapacho
envergonha qualquer pessoa responsável. Gastou-se 4 milhões de euros e agora
preparam-se para gastar outros tantos milhões para reparar os erros e as
asneiras que se fizeram.”
Segundo Valdemiro Vasconcelos, "um dos maiores problemas deste governo socialista é mesmo o cansaço de quase 20 anos no poder. Se assim não fosse, como podem justificar, perante os graves problemas sociais por que passam tantos graciosenses, tantos açorianos, o gasto de quase 3 milhões de euros, com um capricho chamado Casa da Autonomia. São 10,4% do total do investimento público previsto para a Graciosa em 2015", frisou.
"E quem de bom senso poderia justificar um investimento na solidariedade social, numa ilha tão necessitada como a Graciosa, de somente 801 mil euros, em comparação com os 2 milhões e 910 mil euros do capricho denominado Casa da Autonomia", questionou o deputado.
A terminar, o deputado graciosense constatou
que “a Graciosa é um exemplo de como se pode governar mal uma sociedade, apesar
dos milhões prometidos…
Os graciosenses e os açorianos no seu todo
merecem e precisam de alguém que os governe com um sentido humanista da
política.
Os graciosenses ambicionam por dias melhores.
A Graciosa quer compartilhar com as outras ilhas uns Açores dinâmicos, com
futuro.”