Diz o povo que "o que nasce mal nunca se endireita", o que parece confirmar-se com a remodelação agora conhecida no governo regional dos Açores.
As alterações comunicadas envergonhadamente este domingo significam, desde logo, mais um compromisso não cumprido pelo Partido Socialista, que antes das eleições prometia um executivo pequeno e agora aumenta o número secretarias para assegurar a manutenção dos equilíbrios internos do partido.
Elas representam, também, a confissão pública de que as políticas de solidariedade social não estão a gerar resultados e que a inatividade do executivo socialista nos últimos meses teve como resultado a maior crise social da Autonomia.
Nos últimos tempos o Partido Socialista tem manifestado público orgulho das suas políticas de solidariedade e admitido dificuldades na economia. Estranhamente, esta remodelação aparentemente remodela o que o Partido Socialista diz que está bem e mantém inalteradas as áreas onde se registam dificuldades.
Esta singularidade faz subentender que o presidente do governo pode alterar o executivo excepto nas áreas relacionadas com as finanças e a economia.
Ou seja, vamos ter um "novo" governo maior com os mesmos problemas do "novo" governo anterior e que não indicia, muito pelo contrário, qualquer alteração substancial nas políticas que têm vindo a ser seguidas e que não estão a resolver os problemas dos Açores.
O PSD/Açores deseja, acima de tudo, que o governo socialista, qualquer que seja a sua composição, corrija o seu rumo: que pague as dívidas às empresas, que se esforce numa melhor execução da Agenda para o Emprego e que se deixe de desculpas e de ataques despropositados às oposições.
Os açorianos precisam de melhor governo e esta remodelação não pode ser mais uma oportunidade falhada pelos socialistas.