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Rádio Graciosa


11 janeiro 2013

Notável Hélder Mendonça e Cunha


Hélder de Mendonça e Cunha nasceu Santa Luzia, Angra do Heroísmo a 11 de Janeiro do ano de 1920.
Era filho do Graciosense Antero Veríssimo da Cunha, militar e de Catarina Isaura Magalhães de Mendonça e Cunha, natural da Ilha Terceira, casal que morava na Ilha Terceira.
Estudou no Liceu Nacional de Angra do Heroísmo e prosseguiu estudos na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Direito.
Foi um grande diplomata, carreira em que se revelou brilhante e foi especialista em protocolo de estado.
Como embaixador e ao longo do seu percurso prestou serviços relevantes ao país na França, mais concretamente na NATO, no Egipto, na Espanha, na Tailândia, na Grécia, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai e no Vaticano, um dos cargos mais ambicionados pelos diplomatas.
Foi o primeiro embaixador de Portugal, na Santa Sé e em Banguecoque, onde esteve acreditado entre 1966 e 1970.

Hélder Mendonça e Cunha foi também chefe de Protocolo de Estado, antes e depois do 25 de Abril, tendo sido um dos maiores especialistas portugueses em protocolo de Estado, reconhecido internacionalmente, matéria sobre a qual escreveu a obra "Regras do cerimonial Português, datado de 1988.
Tinha uma paixão por poesia e acabou por publicar dois livros.

Recebeu condecorações das mais altas atribuídas no nosso país, nomeadamente as Grã-Cruzes da Ordem de Cristo e do Infante Henrique, entre outras condecorações portuguesas e também várias distinções e condecorações estrangeiras.
Em maio de 2008 foi condecorado a título póstumo pelo Governo Regional, com a Insígnia de Mérito Profissional.

A Comenda do embaixador Hélder Mendonça e Cunha, foi oferecida ao Museu da Graciosa, que já possui uma pequena parte do seu vasto espólio que deixou no nosso país.

Hélder de Mendonça e Cunha era um homem de carácter fino e movimentou-se entre a classe grada e cultural dos países por onde passou. Durante a sua carreira lidou com os mais altos governantes de diversos países e membros da monarquia.

Um homem que chegou ao topo da carreira diplomática e que sempre viu a Graciosa como sua terra, apesar de não ter nascido cá. As férias da família eram passadas na ilha Graciosa, pois a família possuía na nossa ilha duas casas uma na freguesia de São Mateus mesmo em frente ao areal, e outro no centro de Santa Cruz da Graciosa.
Todo o seu percurso profissional que o levou pelo mundo, não apagaram a Graciosa do seu pensamento e por isso no seu testamento deixou ao Museu de Santa Cruz da Graciosa uma grande parte do seu espólio. O Museu possui uma cadeira de transporte, o seu uniforme de diplomata, condecorações, um retrato pintado à mão e uma coleção de bengalas.
Hélder Mendonça e Cunha viveu os últimos anos de vida na sua casa de Lisboa, junto às muralhas do Castelo de São Jorge.
Morreu a 9 de Março de 1992, com 72 anos de idade, de um percurso de vida notável, que ainda hoje é conhecido e tido como referência. Mais um notável que a Rádio Graciosa presta a sua homenagem.






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