A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, apelou aos
açorianos para que “não se deixem amedrontar”, frisando que ninguém é “dono da
consciência” dos eleitores, a quem compete a palavra final nas eleições
regionais de outubro.
“Não se compra uma
consciência à custa de uma assinatura. Peço aos açorianos que não se deixem
amedrontar, assinem o que quiserem, mas votem onde entenderem”, afirmou Berta
Cabral, frisando que “a última palavra cabe aos eleitores e o voto é secreto”.
Berta Cabral, que discursava
em Ponta Delgada na apresentação dos coordenadores setoriais do Gabinete de
Estudos do PSD/Açores, salientou que o partido se apresenta ao eleitorado “com
um projeto político diferente” nas opções estratégicas e no estilo de atuação.
“Temos as pessoas
connosco, mas temo-las de livre vontade. Não andamos pelos corredores do poder
a pressionar a assinatura de documentos de apoio a candidaturas partidárias”,
frisou.
Numa aparente alusão à
opção socialista de não realizar um congresso para escolher o seu candidato,
Berta Cabral frisou que, no PSD/Açores, “tal como a candidata a presidente do
governo não foi escolhida de cima para baixo, o projeto político não é
construído em circuito fechado”.
Para Berta Cabral, uma
organização partidária “não pode ser totalitária”, antes deve ser “uma porta
aberta para a sociedade”.
Na sua intervenção, a
líder regional social-democrata recordou os contactos que o partido tem vindo a
promover com a sociedade civil há cerca de dois anos, considerando que se sente
“uma vontade de mudar que é transversal e crescente”.
“Todos reconhecem que esta
é a hora de mudar, todos sabem que já não se espera nada de novo de quem está
no governo velho, todos sentem que a mudança está do nosso lado”, afirmou.
Segundo Berta Cabral, nos
últimos anos, o PSD “fez o trabalho de formiga, enquanto outros preferiram a
canção da cigarra”, apontando o elevado nível de desemprego nos Açores como
resultado dessa opção.
“Precisamos de uma
governação inteligente porque precisamos de uma economia competitiva”, defendeu
a presidente do PSD/Açores, apontando como desafios estratégicos a inclusão
social, competitividade, excelência territorial, modernidade cultural e
maioridade cívica.
Os quatro coordenadores
setoriais do Gabinete de Estudos do PSD/Açores, são a economista Teresa Tiago
(Desenvolvimento Sustentável), a deputada Lídia Bulcão (Poder e Cidadania), o
arquiteto João Monjardino (Família e Sociedade) e o advogado Emanuel Medeiros
(Projecção dos Açores para o Mundo).
Lusa/Aonline