Crise faz chegar despedimentos ao sector da construção.

Há empresas de construção nos Açores que não estão a renovar contratos com os seus trabalhadores e, nalguns casos, estão mesmo a despedi-los para fazer face às consequências da crise e por causa do abrandamento nos concursos destinados a obras públicas. O sentimento que reina entre os empreiteiros açorianos é de contenção para minorar os efeitos da crise. Isso faz com que sejam mais restritivos na contratação de pessoal. Para já, os sinais que vêm de dentro dos Açores não são nada animadores. Há poucos dias, a Edifer confirmou a rescisão de contrato com dezanove trabalhadores na Terceira, como forma de ajustar a sua estrutura na ilha à carteira de obras. Mas esse número pode ser muito superior, de 140 no total, em resultado da dispensa de funcionários em empreiteiros e subempreiteiros. Os despedimentos na construção atingem mais quem se encontra em circunstâncias precárias e na clandestinidade. Também por isso Albano Furtado previne que "os números oficiais que serão em breve divulgados pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores poderão não reflectir a verdadeira dimensão do desemprego".
Fonte: Jornal Diário.