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Rádio Graciosa


19 dezembro 2007

CDS-PP Açores acaba de pedir explicações ao Governo Regional, sobre o insólito caso do meio litro de sangue.


O Líder Parlamentar do CDS-PP Açores, Artur Lima, acaba de pedir explicações ao Governo Regional sobre o insólito caso do meio litro de sangue que foi pedido pelo Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa ao Hospital de Angra e que não foi transportado pela SATA Air Açores com a celeridade necessária.
Em requerimento entregue ontem na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Artur Lima pretende saber qual a “justificação para que a unidade de sangue não tenha sido transportada na sexta-feira” passada tal como seria dado acontecer.
Em causa, recorde-se, está um pedido feito pelo Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa ao Hospital de Angra do Heroísmo, na passada sexta-feira, de meio litro de sangue para um paciente que estava internado na unidade de saúde da ilha branca.
O pedido foi rapidamente atendido pelo Hospital de Santo Espírito que atempadamente entregou o sangue no Aeroporto das Lajes para seguir para a Graciosa, tendo como carta de porte o número SP 452/14.
O problema é que o sangue não chegou ao destino no dia que devia, alegadamente, porque a SATA Air Açores não tinha disponibilidade de carga para transportar o volume, que acabou por seguir viajem apenas no Sábado.
Perante estes factos, Artur Lima lamenta a postura que poderia ter colocado em risco o estado de saúde do doente internado e pede esclarecimentos sobre o assunto.
Considerando que “a garantia do acesso das populações, em condições de universalidade e de generalidade, a cuidados de saúde de qualidade, constitui um direito fundamental”, o Líder Parlamentar do CDS-PP Açores lembra ainda que “para satisfazer tal direito as entidades públicas devem disponibilizar os instrumentos e mecanismos que permitam a obtenção dos melhores resultados”.
O popular açoriano, para além da justificação pedida, pretende ainda saber qual “a dimensão e o peso da referida carga” e se o “Governo Regional considera a possibilidade de abrir um inquérito para apurar responsabilidades?”
Artur Lima lembra ainda que a “SATA Air Açores é uma companhia que executa o transporte aéreo regular inter-ilhas, ao abrigo do contrato de serviço público e pelo qual recebe indemnizações compensatórias” e que a rapidez do transporte do meio litro de sangue poderia fazer poupar dinheiro público, pois “poderia evitar uma evacuação”.
As dúvidas do democrata-cristão surgem porque, segundo Artur Lima, “o Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa efectuou o pedido e a unidade de sangue foi entregue atempadamente na SATA”.

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