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Rádio Graciosa


26 julho 2024

PS analisa “visita relâmpago” do Governo à Graciosa

 O Secretariado do Partido Socialista da Ilha Graciosa manifestou “a sua profunda insatisfação relativamente à recente visita estatutária do Governo Regional dos Açores,” por entender que foi “estrategicamente agendada durante o período estival”, numa “tentativa deliberada de minimizar a sua visibilidade pública”, com um programa de visita, caracterizado por “escassez de projetos e realizações concretas”.

Entende o PS que “esta abordagem do Governo Regional e dos deputados locais que o apoiam suscita sérias inquietações quanto ao seu efetivo empenho no desenvolvimento da Ilha Graciosa e no bem-estar dos seus habitantes”.

Os socialista assinalam “o investimento que se pretende implementar para a reabilitação do antigo Centro de Saúde, permitindo que se acomode mais 14 utentes, para além dos já existentes no Lar de Santo Cristo, responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz da Graciosa”, que considera ser “o único projeto digno de registo”.

Nas várias áreas, o PS faz uma análise:

Saúde: A suborçamentação crónica, a falta de prioridade na prevenção e diagnóstico precoce, bem como a incapacidade deste Governo em fixar médicos nos quadros da USIG, acentuam progressivamente a insegurança dos graciosenses face ao Serviço Regional de Saúde.

Pescas: A ausência de uma estratégia coerente e de uma visão de longo prazo para este setor vital tem minado significativamente a confiança dos profissionais. A aquisição de um terreno para um entreposto, agora aparentemente relegado para segundo plano, exemplifica esta inconsistência. Apesar da tardia reparação da grua do porto de pescas, persistem deficiências críticas, como o pórtico de vargem inoperacional e os pontões degradados, comprometendo a segurança das operações.

Agricultura: O Secretário demonstra uma notória inaptidão para antecipar e solucionar problemas, limitando-se a protagonizar momentos mediáticos. Questões prementes como a substituição de reservatórios de água, a melhoria de caminhos agrícolas e a construção de parques de retenção animal são negligenciadas. Urge um apoio efetivo aos contribuintes diários para a economia insular.

Turismo: Os dados estatísticos recentes revelam-se profundamente desanimadores. A ausência de uma estratégia promocional eficaz, aliada ao abandono das atividades marítimo-turísticas, traça um cenário preocupante. O retrocesso na concessão das Termas do Carapacho e a iminente privatização da maior unidade hoteleira ameaçam o progresso socioeconómico da ilha.

Rede Viária Regional: A situação atual é manifestamente insatisfatória. As intervenções limitam-se a ações paliativas, evidenciando a ausência de projetos estruturantes. Esta lacuna não só compromete a segurança dos utentes, como também entreva o desenvolvimento económico e social da Graciosa.

Educação: Aguardamos uma intervenção significativa, incluindo a requalificação dos edifícios e a dotação adequada de meios financeiros e humanos, essenciais para edificar um futuro promissor.”


O PS conclui que foi uma “visita, desprovida de projetos e esperança”, que “ignora as vozes dos graciosenses e até mesmo os pareceres do Conselho de Ilha”, por isso “urge uma mudança de rumo, pautada por coragem e determinação, para evitar a estagnação no desenvolvimento”.

O Partido Socialista da Graciosa reafirma o seu “compromisso com o progresso da nossa comunidade” e prometer manter-se vigilante “ denunciando a ausência de investimentos estruturantes e as políticas ilusórias preconizadas pela atual coligação governativa PSD/CDS-PP/PPM”, porque “a Ilha Graciosa e os seus habitantes merecem mais do que este marasmo”.

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