O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente, Luís
Neto Viveiros, presidiu ontem à cerimónia de lançamento da 1.ª pedra da obra de
construção do Matadouro da Graciosa.
Um investimento de cerca de 5 milhões de euros, que
tem um prazo de execução de 18 meses, para construção do novo matadouro da
ilha, situado na Zona Industrial do Quitadouro, em terreno cedido pela Câmara
Municipal de Santa Cruz da Graciosa.
A nova unidade privilegia, além do processo de abate,
a preparação de carcaças, contemplando ainda uma sala de desmanche, uma estação
de tratamento de águas residuais e uma unidade de preparação e acondicionamento
de subprodutos e despojos.
A obra “dá cumprimento ao compromisso de dotar todas
as ilhas dos Açores com infraestruturas que permitem fortalecer a fileira da
carne, que corresponde na atual legislatura a um investimento público de cerca
de 15 milhões de euros na Rede Regional de Abate.
Luis Viveiros referiu tratar de “uma nova unidade de
abate de média dimensão, polivalente, contemplando os requisitos necessários ao
cumprimento integral das exigências higiosanitárias e ambientais vigentes.”
A nova estrutura, projetada de acordo, não só com a
capacidade produtiva atual da Graciosa, mas também com o seu crescimento
expetável, dará resposta ao crescimento do número de abates que se tem vindo a
verificar nesta ilha, pois apenas nos últimos quatro anos, se registou um
aumento de 34% no abate de bovinos.
Enquanto em 2012 foram abatidos 423 bovinos – sem
registo de carcaças para exportação -, em 2015 esse número cresceu para 551
bovinos, dos quais 112 tiveram como destino o mercado externo, ou seja um
aumento de 30%.
O responsável pela pasta da agricultura referiu que o
objetivo é “continuar a promover e modernizar o setor agroalimentar, aqui na
Graciosa e nos Açores”, acentuando, por essa via, “o reforço da valorização da
fileira da carne, conferindo sustentabilidade às explorações e incrementando a
comercialização de carne e de produtos derivados na Região e fora dela.”
Trata-se, por isso, de um investimento público
reprodutivo, resultado da boa utilização de fundos comunitários por parte do
Governo dos Açores, que revertem, integralmente a favor da atividade dos
privados e da geração de riqueza, conforme disse Neto Viveiros.