O conselho
de ilha elegeu, a semana passada, o problema da água na Graciosa, como um dos
mais graves e que necessita de soluções a médio prazo.
A escassez
deste bem e os elevados níveis de sal, preocupam as entidades da ilha, que
defendem que só com ajuda do Governo Regional é que se conseguirá encontrar
soluções.
Avelar
Santos, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, disse numa
entrevista à Rádio Graciosa, que a ilha é abastecida por um total de 8 furos,
estruturas que por dia extraem 700 metros cúbicos de água, verificando-se que a
utilização é cada vez maior, numa ilha com quase 5 mil habitantes e mais de 7
mil cabeças de gado.
O autarca
afirma que já deu conta do problema ao Governo Regional e alertou para a
necessidade de um estudo aos aquíferos da ilha, bem como sobre a
dessalinização, de modo a que se ache alternativas que garantam a existência e
qualidade de água.
Nos
últimos 16 anos a rede de águas da ilha tem sido remodelada, faltando uma parte
muito pequena, que representará cerca de 20%.
Avelar
Santos afirma que, depois de executada a empreitada Grotas II, que deverá
arrancar em Julho, ficará a faltar apenas essa pequena parte da rede de águas,
que será alvo de nova empreitada para a sua remodelação.
É nessa
parte da rede de águas, que ainda não foi remodelada, que ainda existem
canalizações, com cerca de 40 anos, em amianto-cimento.
O
presidente da autarquia esclarece que esse material não cria problemas, no que
diz respeito às águas, apenas há risco quando se mexe no amianto, sendo a
inalação o grande risco para a saúde, como é o caso de coberturas, que aliás está
a ser alvo de medidas no país.
No que diz
respeito à rede de águas, não há perigo para a população, garante Avelar Santos.
Com uma
rede de águas quase toda modernizada, o presidente da Câmara Municipal de Santa
Cruz da Graciosa afirma que é preciso conhecer o que nos reserva o futuro em
termos de quantidade e qualidade de água, para que os graciosenses não
enfrentem problemas de abastecimento.