Em Julho de 2010, depois de 3 milhões de euros de obras,
Vasco Cordeiro inaugurou a requalificação daquele empreendimento dizendo que o
governo estava orgulhoso daquela obra. A expressão foi mesmo essa:
"orgulhoso"!
Hoje as Termas estão fechadas tendo sido adjudicado por 70
mil euros um novo caderno de encargos para fazer obras em cima de obras que já
tinham vindo a ser feitas depois das obras de requalificação.
Um orgulho obreiro!
A inauguração das termas do Carapacho já em si foi repleta
de contrariedades:
Primeiro foi o atraso na sua conclusão que foi adiando a
inauguração, mês após mês, naquele ano de 2010. Em Março passava para Abril,
daí para Maio, depois Junho e, finalmente para 27 de Julho de 2010.
Mas ainda assim, um pouco habitual cancelamento da SATA para
a Graciosa voltou a adiar mais uns dias a obra de Vasco Cordeiro.
Na altura não havia campanha eleitoral e por isso a
inauguração apenas foi rodeada pelas incertezas na campanha interna do PS
Açores para a sucessão de César. Campanha essa, aliás, que foi assim como que
irrelevante, dado o modelo de sucessão que viemos a assistir.
Mas, voltando ao que interessa: as Termas do Carapacho
depois de inauguradas fizeram o gáudio de muitos graciosenses e visitantes,
tudo parecia correr bem até sermos surpreendidos com a degradação acelerada dos
materiais e das requalificações que, aparentemente, não correspondiam às
expectativas iniciais.
As Termas do Carapacho em pouco tempo já estavam fechadas
para obras que corrigissem o que não estava bem!
Durante este tempo o Governo do PS, claro que absolutamente
inocente em tudo o que se estava a passar com o assassinato da notoriedade das
águas do Carapacho para fins termais, anunciou que pusera em tribunal os
projectistas das Termas.
Pelo meio, o PSD perguntava em requerimentos ao Governo
socialista afinal quem se responsabilizava politicamente pelos prejuízos que a
Graciosa, a sua frágil economia e os empresários locais que sofriam pelos erros
de outros, por mero acaso em obras que orgulhavam o Governo Regional, e muito
em especial Vasco Cordeiro.
Mas o encerramento das Termas do Carapacho entristecia os
Graciosenses, envergonhava os orgulhosos donos da obra e retirava qualquer
confiança turística a um empreendimento que, recorde-se, levara 3 milhões de
euros dos Açorianos para requalificar.
Feitas novas obras as Termas reabriram, mas era claro que
ainda nem tudo estava bem. Havia mais problemas e até as piscinas naturais do
Carapacho estavam a ser desfiguradas por um qualquer orgulho sarcástico de quem
parecia ter prazer em estragar o que os outros têm de bom!
Passado algum tempo, mais obras e mais euros dos Açorianos e
as Termas voltaram a fechar.
No final do ano passado o orgulhoso governo de Vasco
Cordeiro ajustou um novo caderno de encargos para obras nas Termas do
Carapacho. Agora são mais 70 mil para elaborar esse caderno de encargos e
decorrem mais obras em cima das obras que levaram os milhões já ali metidos.
Alguém se pode questionar: e por que é que a oposição não
faz o seu trabalho?
A essa dúvida posso responder com algum sentimento de dever
cumprido, que é um pouco diferente de puro e simples orgulho: O PSD tem
questionado o Governo que não responde a requerimentos com mais de um ano. O
PSD tem denunciado este orgulho incompetente que prolifera no regime socialista
regional.