A quota de pesca do goraz vai
descer 51% nas águas continentais e 25% nas das regiões autónomas, assim acordaram
os ministros das pescas da UE.
Na sequência do acordo
alcançado segunda-feira à noite em Bruxelas, os totais admissíveis de captura
(TAC) para espécies de profundidade como o goraz levam um corte de 51% (contra
uma proposta de menos 62% avançada pela Comissão Europeia) nas águas
continentais portuguesas e de 25% (menos 34% na proposta inicial) nas das regiões
autónomas.
O acordo político para as
capturas de espécies de águas profundas foi alcançado na segunda-feira à noite,
num Conselho de Ministros das Pescas da UE em que Portugal esteve representado
pelo secretário de Estado dos Assuntos Marítimos, Manuel Pinto de Abreu.
As propostas de Bruxelas são
apresentadas com base em pareceres científicos sobre os estados dos 'stocks'
das espécies em causa nas diferentes zonas de pesca.
Fausto Brito e Abreu criticou
hoje o resultado do Conselho de Ministros das Pescas da União Europeia.
O Secretário Regional reiterou
que “o goraz é uma das espécies com maior valor comercial nos Açores, tendo,
por isso, uma grande importância económica e social” e recordou que “nos
próximos dois anos, o Conselho Internacional para a Exploração dos Oceanos irá
dar especial atenção ao goraz e, caso seja considerado que os índices de
abundância da espécie estejam a recuperar, há a possibilidade de se verificar a
reposição de quota para valores semelhantes aos de 2014, que permite aos Açores
capturarem 904 toneladas”.