As mais de duas semanas de greve parcial dos
trabalhadores da SATA afetos ao SINTAC terminou esta segunda-feira, tendo
provocado "atrasos generalizados", segundo o sindicato, que promete
nova paralisação se "o diferendo" não se resolver até final de
janeiro.
O porta-voz dos trabalhadores da SATA afetos ao
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Filipe Rocha,
disse à Lusa que houve "grande adesão em todos os dias de greve”, em torno
dos 90%.
Como esperado, não houve cancelamentos de voos,
“nem nada dessa dimensão”, disse Filipe Rocha, acrescentando que a paralisação
parcial dos trabalhadores do SINTAC causou “constrangimentos significativos”,
com “atrasos generalizados em toda a operação”, incluindo “entrega de bagagens,
check-in e descarregamentos”.
Segundo Filipe Rocha, não há “para já” qualquer
“desenvolvimento” em relação ao “diferendo com a SATA”, não tendo havido
“nenhuma abordagem da empresa no sentido de resolver o assunto”.
Cerca de 120 trabalhadores da transportadora aérea
açoriana são afetos ao SINTAC, que convocou uma greve à primeira e à última
hora dos turnos de trabalho entre 19 de dezembro e 06 de janeiro. Em paralelo,
decorre uma greve ao trabalho extraordinário desde 01 de setembro.
Estes trabalhadores reivindicam a reposição de
carreiras que dizem terem regredido, com cortes salariais, apenas para quem
está afeto ao SINTAC.
Durante a greve, a empresa assegurou que não
houve “atrasos de maior” por causa da paralisação, sublinhando que se trata
apenas de trabalhadores do grupo na ilha Terceira, nos Açores.
Sobre a disponibilidade para dialogar com o
sindicato, o porta-voz da SATA, José Gamboa, referiu, em declarações à agência
Lusa, que o conselho de administração “manteve e mantém contactos regulares com
todos os sindicatos representativos dos trabalhadores da SATA”.
Fonte:AOnline