Francisco de
Mendonça Pacheco de Melo nasceu em Santa Cruz da Graciosa a 17 de Abril
de 1865,
filho do morgado José Correia de Mendonça Pacheco de Melo e de sua mulher Maria
Isabel Forjaz Silveira Mendonça.
Francisco Melo era sobrinho por afinidade
de Manuel Simas,
o 1.º Conde de Simas, líder do Partido Regenerador na Graciosa,
já que sua mãe era irmã da esposa do conde.
Francisco Melo foi um político açoriano
que, entre outras funções, presidiu à Câmara Municipal da Santa Cruz da
Graciosa (1893-1899) e foi governador
civil do Distrito Autónomo de Angra do
Heroísmo (1910, 1913 e 1925-1926).
Militou no
Partido Regenerador, onde com a protecção do tio fez uma carreira política,
sendo eleito presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz em 1893, cargo que
exerceu até 1899. Esta ligação ao Município e o parentesco com o conde de Simas
não serão alheios à decisão deste, que não tinha descendentes, de legar à
Câmara o palacete onde actualmente aquela entidade se encontra instalada.
Em 1900 foi
nomeado administrador do seu concelho natal, mas em 1902 transferiu-se para a
cidade de Angra do Heroísmo, onde foi nomeado comissário
da Polícia Municipal e governador civil substituto. Estava no
exercício do cargo de governador civil substituto quando em 1910 ocorreu a implantação da República Portuguesa.
Transferiu-se
para o Porto,
onde apesar da mudança de regime continuou a sua carreira política: foi chefe da
Polícia de Emigração e manteve actividade política.
Quando Afonso Costa
nomeou governadores civis, escolheu Pacheco de Melo para o cargo em Angra do
Heroísmo. Foi assim, pela segunda vez governador civil, desta feita de 18 de
Janeiro a 30 de Agosto de 1913. Foi novamente nomeado governador civil em 19 de
Setembro de 1925, estando no cargo quando ocorreu o golpe de 28 de Maio de 1926, o que
acarretou a sua demissão a 11 de Junho de 1926.
Um graciosense
notável que a Rádio Graciosa homenageia.