O Eurodeputado Luís Paulo Alves defendeu esta
semana, no hemiciclo do Parlamento Europeu em Estrasburgo, a expansão do modelo
de gestão cooperativo durante o debate sobre "o contributo das
cooperativas para ultrapassar a crise".
Com um percurso profissional associado às cooperativas, o Eurodeputado
açoriano salientou na sua intervenção "o modelo cooperativo adequa-se e
demonstra um potencial para gerar respostas sustentáveis de proximidade, que
muito precisamos, nos domínios económicos, sociais e ambientais, tão duramente
atingidos. É por isso bastante oportuno colocar na agenda europeia a
extraordinária capacidade de desempenho que o setor cooperativo em geral está a
demonstrar, neste tempo de crise que atravessamos".
Para o Eurodeputado, este é um "modelo claramente oposto aos que nos
conduziram a esta crise, unicamente focados na busca de lucros elevados, de
curto prazo, postos ao serviço de muito poucos. As cooperativas não se
deslocalizam, servem as populações das suas regiões, e são uma ótima forma de
constituição de empresas. No atual contexto recessivo, de desemprego,
insolvências e falências, deve dar-se um impulso prático e ambicioso para que
possam reforçar o seu papel como um bom instrumento para os que procuram
emprego e constituir uma boa alternativa para os trabalhadores que tentam
garantir a continuidade das suas empresas nos processos de encerramento.
Devemos melhorar o seu contexto de atuação e divulgá-lo a nível europeu de uma
forma ambiciosa para que todos possam encontrar nele uma valiosa forma de se
organizarem e de financiarem a sua atividade".