Foi preciso um
Gordon e uns quantos meses de várias demonstrações de perturbação quanto à realidade
economico-social, para o governo regional anunciar oficialmente que a república
vai resgatar os Açores numa divída que vence e não há dinheiro para a pagar.
Meses e meses a fio
a ouvir o vice-presidente do governo, responsável pelas finanças e, já agora, o
"primeiro qualquer coisa" da campanha do PS para Outubro, a dizer que
estávamos num oásis e que era o PSD sempre a lançar suspeitas, para agora se
saber que foi preciso o governo de Passos Coelho vir em socorro dos Açores que
não tinham 138 milhões para pagar uma dívida.
Há um nome que
se chama a quem anda por aí a fazer-se grande, a dormir em suites e a viajar à
grande, mas que não tem dinheiro para pagar as dívidas que fez para sustentar
os seus comportamentos! Fica ao critério de cada um o nome para quem assim procede!
Há, porém, uma
certeza no meio desta coisa do PS andar às voltas para chamar todos os nomes a
uma coisa que é um resgate financeiro! Não querem que os Açorianos saibam a
verdade! Dizem e prometem tudo para que não se saiba o desastre em casa de quem
tem de cravar o vizinho para pagar a conta do banco, e depois anunciam desgraças
com o fim do seu poder.
São muitos os
que já foram abordados pela campanha de mentiras sobre a esperada vitória de
Berta Cabral e do PSD nas eleições de Outubro, são mentirinhas, que rodam de
boca em boca para intimidar! Já todos estão atentos mas é bom que se relembrem de
outras campanhas, em que o lema era sempre o mesmo: "agora é que vai
ser!" E ficou sempre para a próxima! No fundo, é como pedir dinheiro para pagar
dinheiro emprestado. Não se fica mais rico nem com mais dívida, mas fica-se a
perceber que não se conseguem cumprir compromissos assumidos e só o auxílio
externo salva a honra do convento.
O PS Açores
ainda teima em desresponsabilizar-se dos problemas e em desvalorizar a
gravidade e o momento difícil de muitos desempregados e de muitos jovens que só
precisam de uma oportunidade mas que os poderes do sistema de governo, de
alguns socialistas dos Açores, acabam por recusar, ora por não terem já o ânimo
nem as respostas, ora porque apenas se querem agarrar ao poder à custa de
vender ilusões, contar umas mentirinhas, ou colocar uns cartazes de obras não
executadas. É a chamada "renovação" de promessas, só que agora é à
custa de um resgate de dívidas!
Na versão
popular do conto "O Rei vai Nu", de Hans Christian Andersen, no final,
o rei encolhe-se de vergonha. E nem consta que o reino se tivesse a afogar em
divídas ou a ser resgatado.