Mas, os socialistas alertam que “esta medida não pode servir para desviar as atenções da evidente inação do Governo dos Açores” e questionam sobre que recursos humanos serão alocados a este equipamento, se os técnicos da Graciosa estão habilitados para utilizar este equipamento e se este será utilizado para TAC programados ou somente para casos de emergência e ainda se “existem imagiologistas suficientes nos Açores disponíveis para, a qualquer altura do dia ou da noite, procederem à elaboração e análise dos relatórios dos TAC provenientes da Graciosa?”
Os socialistas entendem por isso que “é fundamental que se elucide a população sob pena de se estar a iludir os cidadãos, caso não estejam criadas as bases para garantir a eficiência e a qualidade deste serviço”.
O PS Graciosa volta a alertar para a “falta de visão deste Governo Regional para o setor da saúde na Ilha Graciosa e a falta de resposta desta governação aos anseios dos graciosenses é cada vez mais notória”.
Dão como exemplo o facto de que “passados 10 meses não foi preenchida a vaga de Diretor Clínico, quando tinham até 90 dias para o fazer! Para além disso, não temos Terapeuta Ocupacional há mais de 1 ano; não temos Terapeuta da Fala há 9 meses; estamos reduzidos a três médicos permanentemente na Ilha Graciosa, sendo dois para os cuidados primários e um para urgência; tivemos e depois deixamos de ter Médico Internista”.
Os socialistas alertam ainda que está “menos um fisioterapeuta ao serviço; necessitamos de assistentes técnicos; é também preciso reforçar os recursos humanos em informática, entre tantas outras matérias”.
O PS Graciosa acusa o Governo da coligação de ser “muito rápido a alterar a orgânica da USIG, há poucos dias, para garantir a distribuição de cargos, mas para resolver todas estas falhas já não são assim tão céleres”.
A Saúde na Ilha Graciosa tem sido suportada pelos seus trabalhadores que têm conseguido fazer ‘omoletes sem ovos’ e, por isso, o PS enaltece “o espírito de missão de todos os setores da Unidade de Saúde da Ilha Graciosa que, ainda que assistindo a este desgoverno, têm colocado todos os dias como prioridade o bem-estar dos utentes”.
Assim, entendem fundamental que primeiro de trate de “capacitar a Unidade de Saúde da Ilha Graciosa com os meios humanos em todas as valências para depois então avançarmos para o reforço de meios de diagnóstico”, apelando ainda a que se olhe “com seriedade para os problemas graves que existem hoje na saúde na nossa ilha, ao invés de se atirar areia para os olhos dos graciosenses.”