Para além disso, surgem os imponderáveis, tais como avarias, cinzas vulcânicas, etc..
Tudo isso afeta a normal operação da Sata Air Açores. Os Açorianos, habituados que estão a estas situações, encolhem os ombros e seguem em frente.
No entanto o que se está a passar agora, nunca aconteceu, que eu me lembre. As avarias vão-se acumulando, as manutenções vão-se sobrepondo e um dos aviões em suposta manutenção afinal está a fornecer peças para os outros.
Junta-se a isto as reprogramações que criam sérios constrangimentos, muitas delas impossíveis de cumprir com os equipamentos disponíveis.
São sete os aviões da frota e quatro deles estiveram (ou ainda estão) fora de serviço.
Ouvi as explicações do único administrador executivo em funções, mas, muito sinceramente, não fiquei convencido.
Mais preocupado fiquei quando a tutela atirou as responsabilidades para o Conselho de Administração que, afinal, nem sequer existe, porque dois deles já abandonaram as funções há algum tempo e nunca foram substituídos.
Os trabalhadores, num comunicado, chamaram a este momento um “desnorte operacional”, frase forte que nos deve preocupar a todos.
A Sata é uma empresa pública Açoriana imprescindível para a coesão regional e por isso não pode ser deixada ao abandono, como está a acontecer agora.
Esta situação afeta a economia da Região e pode criar um rombo na imagem que muito custou a criar, mas o que mais nos deve preocupar são as pessoas que habitam estas ilhas e que necessitam de viajar por razões de saúde.
Com os doentes não se pode falhar, mas, infelizmente, estão a pagar um preço elevado pela inação do governo que parece nem se preocupar com esta grave situação.
Este executivo, tal como o anterior, basearam a mobilidade dos Açorianos no transporte aéreo sem acautelar a operação que conta com uma maior pressão pelo previsível aumento da procura e, também, devido ao desmantelamento do transporte marítimo de passageiros."
Praia da Vitória, 6 de junho de 2024.
José Ávila