A Comissão
Europeia já publicou a decisão que reconhece as ilhas açorianas Corvo, Graciosa,
São Jorge, Santa Maria, São Miguel e Terceira como sendo indemnes de varroose,
uma doença das abelhas causada por um ácaro.
Este
reconhecimento oficial é de grande importância para o fortalecimento da
apicultura nos Açores e para a comercialização do mel, ao mesmo tempo que dota
a Região de uma ferramenta legal que lhe permite salvaguardar os interesses do
setor, limitando a entrada de materiais nas ilhas apenas aos que sejam provenientes
de zonas com o mesmo estatuto.
No quadro
constante do anexo da Decisão de Execução, que reconhece partes da União
Europeia como indemnes de varroose nas abelhas e estabelece garantias
adicionais exigidas no comércio intra-União e nas importações, com vista à
proteção do seu estatuto de indemnes de varroose, passa agora a constar para as
seis ilhas dos Açores “abelhas em qualquer fase do seu ciclo de vida, incluindo
enxames, rainhas, colónias e colmeias e quadros de ninho usados”.
A apicultura
desempenha um papel muito importante para o setor agrícola pelo contributo das
abelhas enquanto polinizadoras naturais, o que contribui para aumentar a
rentabilidade das explorações, mas também na polinização de outras plantas,
preservando-as e, consequentemente, dando um contributo para o equilíbrio do
ecossistema e a manutenção da biodiversidade.
De salientar que
faz parte do Plano Estratégico para a Apicultura nos Açores, a criação de
medidas de controlo efetivo que possam agora garantir a manutenção da indemnidade
nas ilhas que alcançaram este objetivo, a implementação de uma estratégia
piloto para erradicação total da varroose, bem como a criação de um plano de
contingência com o propósito de evitar a entrada na Região de outras pragas e
doenças.