O presidente do PSD/Açores
afirmou que a “falta de rumo” do Governo Regional na gestão da SATA faz com que
as ilhas mais pequenas sejam as “grandes prejudicadas”, dado que estas não
possuem alternativa de transporte aéreo.
“As ilhas mais pequenas
acabam por ser as grandes prejudicadas da falta de rumo deste Governo Regional
socialista na gestão da SATA. Embora a preocupante situação da SATA prejudique
toda a Região, os açorianos que vivem nas ilhas mais pequenas acabam por ser os
grandes sacrificados, pois não têm quaisquer alternativas de transporte aéreo”,
disse Alexandre Gaudêncio.
Na resposta, José Ávila, vice-presidente do Grupo Parlamentar
do PS/Açores lamentou estas declarações do líder do PSD, sobre o desempenho da
SATA nas ilhas ditas “mais pequenas”, considerando “que as mesmas revelam um
profundo desconhecimento da realidade, ignorando o contributo que a SATA tem
dado para o crescimento do turismo e para a mobilidade dos Açorianos, em todas
as ilhas”.
O deputado Graciosense aconselha Gaudêncio a dar mais atenção
aos dados reais: “Não tinha custado muito aquele líder partidário ter dado mais
atenção às estatísticas, publicadas pelo Serviço Regional, para não dar tiros
nos pés – coisas que nos tem vindo a habituar nos últimos tempos”.
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores
esclarece que “nos últimos sete anos (2012 a 2018) houve um incremento nos voos
interilhas na ordem dos 20% e que o total de passageiros desembarcados, dos
voos interilhas e territoriais, também teve um crescimento na ordem dos 90%”.
Considerando que, apesar de nem todas as ilhas terem registado os mesmos
aumentos, há crescimentos em todas: “Como por exemplo o Pico, que cresceu acima
dos 100%”
José Ávila sublinha que esses aumentos se refletiram “nas
dormidas de todas tipologias de alojamento, em todas as ilhas, com o Pico, o
Corvo, e São Jorge a crescerem acima dos 100%, nestes sete anos”, aliás, sobre
o caso concreto de São Jorge, o socialista garante que “houve crescimentos na
ordem dos 170% - Isto só para provar que há ilhas que, mesmo sendo pequenas
como diz Gaudêncio, tiveram crescimentos muito acentuados, quer nos passageiros
desembarcados, quer nas dormidas em todas as tipologias”
“Curiosamente, quando comparamos 2017 com 2018 há também
crescimentos de dormidas, em todos os tipos de alojamento, nas ilhas referidas
ditas mais pequenas, como foi o caso do Pico com mais 25%, do Corvo com mais
14%, de São Jorge com mais 11% e mais 6% nas Flores e na Graciosa (6%), sendo
que Santa Maria foi a única que não registou um aumento nesse ano. Bem vistos
os números, mais uma vez se pode inferir que o líder do PSD-Açores não tem
razão”.
Para José Ávila, “isto são factos que demonstram que a SATA
– a nossa companhia, que queremos que permaneça nas mãos dos Açorianos - tem
feito um esforço muito grande para adequar a sua oferta à procura que tem vindo
a crescer, ano após ano e é assim que queremos que continue nos próximos
tempos”.



segunda-feira, setembro 23, 2019
Rádio Graciosa