O Conselho Regional da Agricultura, Florestas e
Desenvolvimento Rural, reuniu Quarta-feira na ilha Graciosa.
Integram o CRAFDR representantes do setor cooperativo
da agricultura biológica (associações Bio Azórica e Trybio), das associações
florestais (AFLORESTAÇORES), das associações de desenvolvimento local (ARDE,
GRATER, ADELIAÇOR e ASDEPR), da Associação de Municípios da Região Autónoma dos
Açores (AMRAA) e da delegação dos Açores da Associação Nacional de Freguesias
(ANAFRE).
Além de elementos dos vários departamentos da
Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, integram este Conselho representantes
dos parceiros sociais, nomeadamente das organizações representativas dos
agricultores e industriais do setor, da Câmara do Comércio e Indústria dos
Açores, da Universidade dos Açores e do Sindicato da Agricultura, Alimentação e
Florestas.
O evento decorreu na Casa do Povo de Guadalupe e no total, participaram na reunião deste órgão
consultivo, cerca de meia centena de conselheiros de todas as ilhas dos Açores.
Vasco Cordeiro, Presidente do Governo Regional dos
Açores, participou no evento e destacou a “grande resposta” que tem sido dada
pelo setor do leite e lacticínios na Região nos últimos anos, mas alertou que
os desafios do futuro obrigam a que seja “inevitável um entendimento” entre a
produção, a transformação e a comercialização.
Depois de salientar que o Governo dos Açores não se
coloca à margem deste processo de diálogo, Vasco Cordeiro afirmou que seria um
erro crasso de estratégia se “qualquer uma destas parcelas – produção,
transformação e comercialização -, por um momento que fosse, alimentasse a
esperança de triunfar, salvando-se a si e deixando cair os outros”.
Perante os conselheiros dos vários setores da
agricultura regional, Vasco Cordeiro frisou que é, assim, “essencial que cada
um compreenda os constrangimentos do outro e que faça o máximo do seu esforço
quanto à capacidade de poder fortalecer este setor”.
Na sua intervenção, o Presidente do Governo salientou,
por outro lado, que esta reunião do Conselho Regional decorre num momento
particularmente importante e exigente do ponto da conjuntura vista externa, uma
vez que está em curso a discussão sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União
Europeia para o período 2021-2027.
Segundo disse, as propostas da Comissão Europeia, quer
ao nível dos montantes financeiros, quer no que se refere à centralização
prevista dos programas em Bruxelas, em detrimento das regiões, “tem merecido do
Governo dos Açores uma postura de crítica clara”.
De acordo com Vasco Cordeiro, a perspetiva de aumentar
a taxa de comparticipação das Regiões de 15 para 30 por cento é uma proposta
sem justificação, uma duplicação do esforço das entidades regionais que teria
consequências quanto à capacidade de execução e de concretização destes
programas.