O resultado final das obras de restauro do retábulo mor e
dos painéis quinhentistas da Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa foi dado a
conhecer, na noite de Sábado.
Sérgio Mendonça, pároco da Igreja Matriz, disse que o
objetivo foi fazer um trabalho sério e digno, uma ideia que vinha já desde o
pároco anterior, Machado Alves.
A obra custou 74 mil euros, metade dos quais apoiados pela
Direcção Regional da Cultura, que acompanhou todo o processo através do seu
gabinete técnico. A outra metade do orçamento foi conseguida através de
jantares e eventos realizados para angariação de fundos e também de muitas
ofertas anónimas.
Há outros altares e estrutura da Matriz a necessitar
restauro.
Sérgio Mendonça disse que já estão a ser preparados
orçamentos para a sacristia, cuja pintura do teto necessita intervenção, e
também para restauro do altar da senhora do Rosário.
O pároco reconhece que há muito para fazer, ao nível de
conservação, na Igreja Matriz, património regional.
Ana Raquel Machado, Historiadora de Arte, disse que o
restauro respeitou na íntegra, aquilo que é a pintura do Mestre de Arruda dos
Vinhos.
Os seis painéis quinhentistas, que tem como tema a Paixão
de Cristo, são a grande “jóia” da Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa, um
dos monumentos mais visitados da ilha.
Odilia Teixeira, responsável pelo Atelier de Conservação e
Restauro de São Jorge, disse que foi um orgulho para o atelier fazer este
trabalho, que durou cerca de 1 ano.
A diretora da AcroArte afirma que a estrutura se
encontrava num estado pios, do que o inicialmente previsto, mas que com os trabalhos
efetuados terá a duração de “uma vida”.
Para continuar a manter aquela estrutura de grande valor,
há uma série de cuidados que deverão ser tidos em conta, entre eles evitar uso
de produtos de limpeza e contato com água.
A cerimónia de inauguração dos trabalhos de restauro do
retábulo mor e dos painéis quinhentistas da Igreja Matriz de Santa Cruz da
Graciosa, terminou com um momento musical, pelo Coro da Matriz de Santa Cruz.