O Dia dos Açores foi instituído pelo parlamento açoriano em
1980, destinado a comemorar a açorianidade e a autonomia do arquipélago.
A escolha da Segunda-Feira do Espírito Santo, a maior
celebração religiosa e cívica dos Açores (também conhecida por Dia do Bodo ou
Dia da Pombinha), alicerça-se no facto da comemoração do Espírito Santo - em
que se entrelaçam as mais nobres tradições cristãs com a celebração da
Primavera, da vida, da solidariedade e da esperança -, constituir a principal festividade
do povo açoriano.
Formado por pequenas comunidades isoladas durante séculos,
o povo dos Açores manteve cultos e práticas profundamente populares, totalmente
enraizadas no quotidiano que, apesar da crescente globalização, ainda mantêm um
profundo significado, sendo um dos traços da açorianidade. Entre essas práticas
insere-se esta comemoração, cuja vitalidade se alarga naturalmente a todos os
núcleos de açorianos espalhados pelo mundo.