O Vice-Presidente do Governo
destacou, em Angra do Heroísmo, que a taxa de desemprego de 10,4% registada nos
Açores no final de 2016 é a mais baixa “dos últimos cinco ano e meio",
frisando que "desde o segundo trimestre de 2011 que o desemprego não era
tão baixo” na Região, tendo-se situado abaixo da média nacional.
“A taxa de desemprego nos Açores
hoje divulgada - 10,4% no final de 2016 - é a mais baixa taxa de desemprego em
22 trimestres, o que significa que os Açores registam a menor taxa de
desemprego dos últimos cinco ano e meio”, afirmou Sérgio Ávila, numa referência
aos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O Vice-Presidente, que
falava aos jornalistas numa conferência de imprensa, sublinhou também que a
taxa de desemprego “diminuiu mais de 2,2 pontos percentuais, o que representa
uma redução de 13%”, apenas no último ano.
Para o PSD, maior partido da oposição, a situação do desemprego continua a ser grave nos Açores.
Apesar de alguns registos favoráveis, hoje apontados pelo INE, a Região está
longe de poder considerar que o desemprego é um problema ultrapassado. De
facto, mais de 20 mil açorianos não têm emprego e isso tem que preocupar a
governação e mobilizar os responsáveis políticos – da maioria e da Oposição – e
os agentes económicos.
Além dos dados apurados no inquérito do INE, há que ter em conta o facto de
mais de 7.100 açorianos estarem integrados em programas ocupacionais de
emprego, sem que isso signifique para eles e para as suas famílias um rendimento
estável e duradouro. Aliás, esse número atingiu em dezembro passado valores
nunca antes registados, evidenciando a inoperância das medidas governamentais
para a criação de emprego.
Ainda que a população empregada tenha crescido nos últimos anos, a verdade
é que o número de açorianos com emprego é inferior ao registado, por exemplo,
entre 2006 e 2010, inclusive. Simultaneamente, verifica-se que só nos últimos
seis anos o desemprego cresceu nos Açores acima de 65% - de 8.100 para
13.400 desempregados.