Os deputados do Grupo
Parlamentar do PS Açores na Assembleia Legislativa da Região Autónoma estiveram
reunidos, nos últimos dias, com diversos intervenientes do setor das pescas
para debater os desafios que se colocam. Armadores, pescadores, empresários e
entidades representativas (Federação das Pescas e Cooperativa Porto de Abrigo)
manifestaram as suas preocupações e delinearam estratégias para o futuro.
Aumento de rendimentos,
contratos de trabalho, revisão de investimentos, situação financeiras das
empresas de atum e estatuto especial de região ultraperiférica foram alguns dos
assuntos analisados no encontro com a Federação das Pescas, realizado na Horta.
“É importante verificar a concordância da Federação das Pescas com a proposta
do Governo Regional dos Açores quanto à nova distribuição da quota do goraz”,
sublinha José Ávila. O deputado socialista também se congratula com o facto de
a Federação defender que “internamente somos capazes de lidar com a situação
sem recorrer à paragem biológica”.
Questões relativas à pesca
lúdica e à necessidade de proteger a pesca artesanal também foram discutidas
entre os representantes dos pescadores e os deputados do Grupo Parlamentar do
PS Açores.
Um aspeto que também mereceu
atenção por parte dos parlamentares do PS/Açores, durante os diversos
encontros, diz respeito aos desequilíbrios que se verificam entre ilhas, já que
algumas comunidades piscatórias têm excesso de mão-de-obra enquanto outras,
como por exemplo em algumas ilhas do Grupo Central têm falta de recursos
humanos e dificuldades em renovar os profissionais da pesca.
A sustentabilidade do setor
é uma prioridade para o Grupo Parlamentar do PS Açores e, conforme constataram
os deputados, também é uma preocupação constante para os ‘homens do mar’. O
deputado socialista Mário Tomé reconhece que “há constrangimentos”, como por
exemplo, a ausência de atum e de lula, o que provoca um esforço de pesca nos
demersais, mas está confiante que os “os armadores e pescadores dos Açores
reconhecem a importância da sustentabilidade do setor”. Mário Tomé fez questão
de sublinhar que a profissão de pescador “é uma atividade muito digna” e que
que “tem um papel muito importante na economia da Região”, pelo que não devem
ser tratados como “coitadinhos”, mas sim apoiados e incentivados.