O aumento da abundância de coelho-bravo verificado na ilha de
São Miguel, constatado a partir do resultado dos censos realizados pelos
Serviços Florestais para esta espécie, e a não deteção de sinais aparentes da
ocorrência de surtos da DHV, determinam a reavaliação do calendário venatório para
a época de 2016/2017, no sentido de aumentar a pressão cinegética sobre esta
espécie, em prol do reequilíbrio dos seus níveis de abundância.
Esta semana foi publicada a Portaria n.º 109/2016, que
estabelece os dias 1 de dezembro, na Terceira, e 8 de dezembro, em S. Miguel,
para recolha de amostras em coelhos-bravos, no prosseguimento do programa de
monitorização do impacto da nova variante da DHV nas populações desta espécie,
implementado pela Direção Regional dos Recursos Florestais.
À semelhança das ações realizadas em novembro de 2015,
elementos da equipa do CIBIO-UP e dos Serviços Florestais locais estarão nas
ilhas Graciosa, Terceira e S. Miguel para proceder à recolha das amostras,
apelando-se aos caçadores para que, em cada ilha e nos dias determinados,
colaborem através da sua inscrição e cedência de material biológico dos coelhos
abatidos.
Esta ação, que conta
com a colaboração do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos
Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO-UP), prevê a recolha de amostras em
animais recém-abatidos, para que, através de análises específicas, se possa
avaliar a existência de uma resposta imunitária adaptativa do coelho-bravo à
doença.
Recorde-se que o calendário venatório para a ilha Graciosa, a
vigorar na época venatória de 2016/2017, se iniciou a 1 de julho de 2016 e
termina a 30 de junho de 2017, permitindo a caça ao Coelho-bravo, Codorniz, Narceja,
Pombo-da-rocha, Pato-real, Marrequinha e Piadeira.
Na época venatória de 2016/2017, é proibida a caça à
Galinhola, Perdiz-vermelha e è proibido caçar ao pombo-da-rocha, nos locais de
nidificação da espécie, nomeadamente junto às barrocas do mar e com utilização
de barco.