
O reconhecimento como raça autóctone
do burro anão da Graciosa surgiu em finais de junho de 2015, na sequência de
estudos biométricos e genéticos realizados pelo Centro de Biotecnologia da
Universidade dos Açores, liderados pelo professor Artur Machado.
Franco Ceraolo explicou que, tal como
ocorre com o burro de Miranda, raça que já dispõe de um livro genealógico, os
criadores do burro anão na Graciosa também poderiam receber anualmente um apoio
de 150 euros por animal para manter e aumentar o seu número se tivessem
concluído a elaboração do livro genealógico.
Este mês uma assembleia geral
para tentar ultrapassar o constrangimento da falta de dinheiro para efetuar o
DNA dos 70 burros anões que existem, atualmente, na ilha Graciosa e enviar os
dados para a Direção-Geral de Veterinária, em Lisboa.
Além do apoio financeiro aos
criadores, Franco Ceraolo referiu que a raça também fica valorizada com a
inscrição num livro genealógico, pois "permitirá conhecer melhor as
características genéticas, os antepassados dos animais e o preço de venda no mercado
subirá".
O presidente da associação
manifestou, ainda, algum desagrado por a população local e as autoridades
regionais terem "pouco carinho" pelo seu burro, apesar de a raça ter
muitas potencialidades turísticas, entre outras.