O que está verdadeiramente em causa
É hoje conhecido o que está em causa nas próximas eleições
para a Assembleia da República.
Após os anúncios do PS sobre o que será a sua actuação se
vencesse as eleições o país ficou a conhecer o caminho que os socialistas
querem seguir, bem como todas as contrariedades que daí resultam.
Apesar de António Costa dizer uma coisa às segundas, quartas
e sextas e outra às terças, quintas e sábados, já é possível perceber que caso
ganhassem eleições a primeira coisa que fariam era dar execução à sua celebre
receita do "leve agora e pague depois", que além de dar cabo da
equidade intergeracional, entregando às gerações futuras a insustentabilidade
das suas opções, levaria a mais uma situação de emergência e à necessidade de,
novamente, chamar o auxílio externo para colocar as contas em ordem. E lá
teriam os portugueses de assistir ao adiar de poderem viver num país que não se
limita a gastar o que não tem para sustentar uma ambição de poder de quem
apenas olha aos velhos interesses que, sistematicamente, puxaram Portugal para
trás.
Há nas propostas socialistas para a década uma inevitável
conclusão: Sabem como gastar, mas não sabem onde vão buscar o dinheiro.
Na apresentação de um projecto económico que oferece tudo a
todos, mais depressa e com maiores riscos, o PS de António Costa com a ajuda de
César e Sérgio Ávila esqueceu-se daquelas letrinhas pequeninas que costumam vir
nos contratos de alto risco como empréstimos para férias, o financiamento de um
carro novo ou uma nova dívida para um Cruzeiro de sonho.
E até nem precisava de muito espaço para escrever apenas:
"Cobrança garantida pela TROIKA".
Todos nós recordamos quando andávamos a ser invadidos por
esses anúncios que ofereciam dinheiro para férias, para uma gigantesca
televisão - que alguns foram levados a comprar mesmo sem terem onde a colocar -
ou para um carro bem à maneira, se não tivessem carta de condução também havia
empréstimos para isso.
Nesses anúncios tudo eram facilidades, as prestações suaves
e suportáveis, enfim, depois é que eram elas, e à semelhança do resto do país e
do próprio Estado, mal havia uma dificuldade ficavam sem carro, sem férias, sem
televisão e nem mesmo assim se livraram de ter de pagar a dívida, com juros e
penalizações.
Este caminho oferecido pelos socialistas já é receita bem
conhecida dos portugueses. E, apesar do aspecto saboroso do que oferecem,
também já todos sabem bem que dali só resultam amargos de boca e muita
indigestão. Invariavelmente (assim o prova a história), após governos do PS
chegam as contas para pagar, e com elas muitos sacrifícios e muitas
dificuldades.
É isso, mais uma vez, que propõem os socialistas aos
portugueses.
Nos últimos quatro anos, Portugal viu-se obrigado a medidas
muito duras para corrigir o desvario dos Governos do PS de Sócrates e César e
com a coragem e determinação do Governo liderado pelo PSD, hoje, o país está a
crescer, as perspectivas económicas são bastante favoráveis e começa a
perceber-se que foi feito o necessário para nos livrar das incidências do
resgate a que fomos submetidos.
Para os próximos anos sabemos bem o resultado das nossas
escolhas, e sabemos bem quem tem sempre de pagar quando os governos gastam o
que não têm para satisfação eleitoral.
Os açorianos também sabem que por mais que alguns se
entretenham com outras questões, o que verdadeiramente está em causa nas
próximas eleições para a Assembleia da República é uma escolha simples, mas
determinante para o nosso futuro: Seguir em frente ou voltar para trás!