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Rádio Graciosa


28 julho 2014

Centros de Saúde terão papel mais ativo no tratamento das dependências

O Secretário Regional da Saúde defendeu que os médicos de Medicina Geral e Familiar devem ser “os principais gestores dos doentes com dependência”, tirando partido “da proximidade” que os centros de saúde proporcionam.
Luís Cabral, que falava na abertura da ação de formação sobre terapêutica dual, que decorreu no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, frisou que, para o Serviço Regional de Saúde, “as dependências são uma doença”, tal como é a hipertensão ou a diabetes, que se desenvolve num contexto sociocultural do qual os médicos de família “têm uma visão clara”.
Luís Cabral referiu-se também ao Sistema de vigilância de Comportamentos de Risco que foi implementado junto dos alunos do 6º ao 12º ano “que permitirá dispor de indicadores concretos dos comportamentos de risco na população jovem”.
Os dados já disponíveis mostram que, por exemplo, cerca de um terço dos jovens entre o 6º e o 8º ano já experimentaram fumar e que cerca de metade dos jovens até ao12º anos já o fizeram, pelo menos uma vez.
O inquérito, que abrangeu, neste primeiro ano, cerca de seis mil alunos, em todas as ilhas, mostra também que 17% dos jovens até ao 12º ano já teve contato com drogas leves, “um número que deve merecer a nossa atenção e ser alvo de uma intervenção muito direta”, disse Luís Cabral.
Segundo o Secretário da Saúde, vão desenhar-se “ações concretas” que vão de encontro a estes comportamentos de risco e a partir dos próximos anos, aplicando o mesmo inquérito, da mesma forma e à mesma população, “se poderá perceber se há diminuição ou não das diversas incidências”.


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