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Rádio Graciosa


31 julho 2014

Artur Lima denuncia que Saúde é gerida “com austeridade, com taxas e por quotas”

O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, Artur Lima, denunciou, esta quarta-feira, a política de “austeridade, com taxas e por quotas” que o actual Secretário Regional da Saúde, “com a conivência do Presidente do Governo Regional”, está a impor no Serviço Regional de Saúde, nomeadamente com a introdução de limites à realização de cirurgias e do direito dos utentes a reembolsos.
Artur Lima frisou que “a política socialista e deste Secretário Regional da Saúde, em particular, é a de infligir sofrimento às pessoas”, considerando que é “revoltante, ultrajante e repugnante” limitar os especialistas a um número máximo de cirurgias por ano, como recentemente se soube no caso das operações às cataratas no novo Hospital da ilha Terceira (limitadas a 500 por ano).
Mas não são só as quotas às cirurgias que merecem as críticas veementes do CDS-PP. As novas regras para os reembolsos aos utentes que recorram a serviços privados ou convencionados (hoje publicadas em Jornal Oficial) representam, para Artur Lima, “a austeridade mais dura que existe e que eu tenho conhecimento na saúde”, lamentando que se esteja a assistir “ao princípio do fim de um conjunto de direitos que a Autonomia dava aos Açorianos”.  
Depois de apontar “a austeridade” e “as quotas na saúde”, o Líder Parlamentar do CDS-PP Açores constatou ainda uma outra contradição: “quanto mais dinheiro arrecada (o Governo), mais cortes e austeridade impõe aos utentes”.

Concretizando, os populares fazem contas: “na passada semana, o Governo Regional, respondendo a um requerimento do CDS-PP, admitiu já ter arrecadado mais de 5,3 milhões de euros em taxas moderadoras, entre Julho de 2011 e o final de 2013. Ou seja, estamos a falar da cobrança de cerca de 200 mil euros por mês aos utentes do Serviço Regional de Saúde. Se somarmos a isto a recente notícia de que a SAUDAÇOR encerrou as suas contas de 2013 com um saldo positivo de 1,6 milhões de euros, chegamos à conclusão que o Governo Regional está com cada vez mais dinheiro no seu orçamento para fazer face às despesas do Serviço Regional de Saúde”.
A terminar Artur Lima disse que “não é possível ter um desenvolvimento harmónico de todo o arquipélago quando o Governo Regional corta e concentra”, como também “não é possível melhorar a acessibilidade aos serviços de saúde e melhorar a prestação dos cuidados quando se governa apenas para impor tabelas de austeridade, taxas de austeridade e quotas de austeridade”.



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