O Secretário Regional do
Turismo e Transportes, Vítor Fraga, anunciou em Ponta Delgada, que o Governo
vai implementar um programa de Observação Sistemática das Obras Marítimas nos
Açores (OSOMA), numa parceria entre a Portos dos Açores, o Laboratório Regional
de Engenharia Civil (LREC) e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Vítor Fraga frisou ainda que
programa OSOMA “pretende avaliar o comportamento hidráulico-estrutural das
obras marítimas em observação”, acrescentando que há quatro matrizes principais
a cumprir através deste projeto, nomeadamente a deteção de anomalias do
comportamento das estruturas a tempo de introduzir adequadas correções e assim
minimizar as consequências económicas de eventuais avarias, a comparação do
comportamento real das estruturas com o previsto em projeto, acompanhando a sua
evolução no tempo, a recomendação da realização esporádica de campanhas com
recurso a outros métodos de observação mais sofisticados, nomeadamente de zonas
imersas, e, por último, a definição de quando, onde e em que circunstâncias
devem ser operadas obras de manutenção e/ou de reparação.
Entre alguns exemplos de
projetos deste tipo implementados pela Região incluem-se a Rede de
Monitorização Hidrometeorológica Automática, composta por 44 estações
automáticas com teletransmissão de dados, já em fase final para alargamento a
todo o arquipélago, os sistemas de supervisão de vertentes, instalados nas
ilhas de Santa Maria e do Pico, o sistema de monitorização, alerta e alarme
para a segurança dos visitantes da Furna do Enxofre, na Graciosa, e o programa
Segurança+, de vigilância da infraestrutura das pontes e viadutos da Região.
Outros projetos, como o ARM,
na Graciosa, para monitorização das alterações climatéricas, ou a instalação da
Estação Espacial e Geodésica em Santa Maria, que permitirá medir o deslocamento
das placas tectónicas e cujos dados irão auxiliar na melhor definição de
modelos sismológicos, são empreendimentos que, segundo o Secretário Regional,
“além de contribuírem para a gestão de riscos baseados em eventos naturais”,
permitem também “captar investimento externo para a região, assim como promover
a criação de postos de trabalho com mão-de-obra fortemente especializada”.
Na sua intervenção, Vítor
Fraga destacou ainda a importância transversal da área da gestão de riscos em
todas as atividades, tanto nas entidades públicas como privadas.