Manuel Avelar Santos, Presidente da Câmara
Municipal de Santa Cruz da Graciosa emitiu Terça-feira um esclarecimento sobre
o Projecto da Marina da Barra.
Tal como diz o
esclarecimento, “O projeto elaborado pela anterior Câmara sempre gerou grande
polémica no seio dos conhecedores daqueles fundos e mares. A solução proposta
consistia na implantação de uma marina de recreio protegida por dois quebra-mares.
Um molhe com 260 m e outro com 140m. A grande contestação prendia-se com o
facto dos molhes projetados terem como implantação prevista uma localização
fora da zona de rebentação, ou seja, justamente no pico da rebentação. Por
outro lado, a entrada e saída de embarcações era apontada como um obstáculo à
concretização do projeto.
No entanto e uma vez que
os fundos do Porto da Barra são muito irregulares e rochosos, com formações superficiais
e com desenvolvimentos a cotas superiores a 4 metros, optou-se por fazer um
novo estudo geomorfológico e levantamento topo-hidrográfico da Baía da Barra,
para aferir se a solução inicialmente proposta era ou não viável”.
Segundo Avelar Santos, “Foi
realizada uma reunião preparatória com as entidades e pessoas interessadas na
construção de uma marina na Barra, para que se pudesse debater quais as
soluções e propostas mais viáveis. Da experiência de pescadores profissionais,
de recreio e entendidos do mar, a construção dos dois molhos conforme projeto
inicial e sua localização, não se adequavam às caraterísticas específicas
daquela Barra, designadamente quanto à violência e formação das ondas na zona,
nem ao tipo de embarcações existentes e ou pretendidas no que respeita ao
turismo”.
Tal como afirma neste
esclarecimento, “O projeto entregue pela equipa de projetistas Arquitroi tem
data de Maio de 2004 e se, por um lado, estava desfasado da legislação em
vigor, por outro, entre 2004 e 2009, data da tomada de posse da atual Câmara, parece
nada ter sido feito para que a respetiva marina fosse construída.
Com o novo projeto, desta
Câmara, o molhe de proteção passa a estar implantado mais dentro da baía, numa
zona de abrigo natural, deixando a Poça das Salemas intacta a quem queira dela
usufruir.
Relembre-se que o primeiro
projeto obstruía esta zona tão querida dos utentes destas piscinas naturais”.
Avelar Santos diz ainda
que “Conjuntamente e para verificar se a nova implantação seria a mais correta,
foi realizado um estudo às condições de agitação e propagação das ondas, do
qual se concluiu que as obras que se prevê construir estão implantadas a
pequenas profundidades, pelo que estão dimensionadas para resistir às maiores
ondas que podem ocorrer no local, limitadas pela profundidade disponível.
Assim, e sempre em
estreita colaboração com o Governo Regional dos Açores, que apoiou
financeiramente a elaboração dos novos projetos, será construído um quebra-mar,
com 225 m de comprimento que enraíza imediatamente a sul das piscinas naturais.
Será também, construído um molhe-cais imediatamente a nascente do Forte da
Barra, com 80,85 m de comprimento. O comprimento total de passadiços a instalar
é de 234 m”.
Manuel Avelar Santos
termina o esclarecimento dizendo que “A elaboração de novos projetos e
levantamentos, também para nós (executivo), demorou mais do que era expectável,
no entanto, as mudanças de projeto foram no sentido de melhor servir os Graciosenses
e seus visitantes.
A terminar Avelar Santos
afirma que a Marina da Barra é um projeto que se irá concretizar, embora não
diga quando.