O compromisso do PS com a austeridade!
A última semana foi de contestação às medidas
propostas pelo Governo da República. Nos Açores, todos os líderes partidários
disseram ser contra essas medidas.
Mas se todos contestaram, nem todos apresentaram
propostas que marcassem uma substancial diferença para com as medidas
apresentadas por Lisboa.
Para o PS Açores o mais importante é fazer
oposição a Lisboa e a Passos Coelho. Esqueceram-se que nas eleições regionais o
que está em causa são os Açores e as tarefas que temos pela frente.
Não houve dia em que o candidato do PS não falasse
de Lisboa e do Governo da República, mas nunca foi capaz de dizer o que propõe
para os Açores. A única proposta de Vasco Cordeiro é fazer oposição ao
Continente.
Percebe-se esta atitude da campanha do PS, pois
tem sido notória a vantagem de Berta Cabral e a vontade de mudar que motiva uma
grande maioria dos Açorianos.
À falta de propostas do candidato do PS,
aproveitam a contestação ao Governo da República para tentar obter algumas
simpatias. Pelo meio, vão metendo medo às pessoas. Mas esse medo mora apenas na
campanha do PS e de Vasco Cordeiro. E é um medo enorme de perder as mordomias de
quem está no poder há 16 anos.
Pelo contrário, Berta Cabral para além de
contestar e discordar das medidas de austeridade propôs medidas para apoiar os
mais fragilizados da sociedade. Para Berta Cabral não basta ser contra!
A situação dos Açores não anda bem há muito tempo.
Com o maior desemprego de sempre, com o maior número de RSI do país, com jovens
e idosos a passar grandes dificuldades é necessário dar o exemplo e tomar
medidas sérias.
E foi nessa medida que Berta Cabral irá cortar 25%
do ordenado dos políticos, começando pelo seu. Cortando também nas mordomias,
nas viagens, nos hotéis, e noutras gorduras que engordaram o PS Açores.
Com esse corte, que poupa 21 milhões de euros,
serão aumentados em 20% o cheque pequenino, o apoio à compra de medicamentos e o
complemento de abono de família!
Já o candidato do PS não pode nem quer fazer o
mesmo.
É que ele subscreveu um acordo com Lisboa para
cumprir com as medidas de austeridade que sejam aprovadas para o próximo ano, a
troco de 135 milhões de euros. Esse acordo vincula a candidatura do PS que
negociou nas costas dos Açorianos.
Havia uma linha que separava o acordo da Troika e
os Açores. Essa linha desapareceu através de um memorando proposto e assinado
pelo PS Açores com o Governo de Lisboa. Por essa razão é urgente rever esse
memorando, mas para o rever, para ter legitimidade de pôr em causa os termos
desse acordo, é necessário que não se tenha sido autor dessa venda da autonomia
ao desbarato.