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Rádio Graciosa


02 agosto 2012

Ordem dos Médicos diz que elementos técnicos do Hospital devem esclarecer população


O presidente da Ordem dos Médicos nos Açores, Jorge Santos, defendeu hoje um esclarecimento por parte de elementos técnicos do Hospital de Ponta Delgada, sobretudo do diretor clínico, sobre o encerramento da Unidade de Neonatologia devido a uma bactéria.

"A situação exige uma afirmação do hospital, que deve ser feita por médicos, os quais devem falar perante a população", afirmou Jorge Santos, em declarações à Lusa.

A Unidade de Neonatologia do Hospital de Ponta Delgada, a única valência do género nos Açores está encerrada e sem previsão de reabertura devido à existência da bactéria Acinetobacter Baumannii, que segundo o diretor do serviço de Pediatria, Carlos Pereira Duarte, "existe há pelo menos dois a três anos" no Hospital de Ponta Delgada, mas "não têm sido tomadas as devidas providências que deveriam ser tomadas".

Criticas que a presidente do conselho de administração do Hospital de Ponta Delgada, Margarida Moura, rejeitou, assegurando que "é diária a vigilância epidemiológica aos doentes com risco de infeção" e frisou que a situação só foi diagnosticada "por causa da existência de uma vigilância diária".

Para o presidente da Ordem dos Médicos nos Açores, trata-se de "uma situação delicada", cujos "esclarecimentos devem ser feitos pelos elementos médicos e não surgirem posições da administração contrárias ao diretor da pediatria".

Isto é um assunto técnico que pode ser alarmante para a população e estes esclarecimentos devem ser dados por médicos, nomeadamente pelo diretor clínico, que representa o corpo médico", reforçou, acrescentando que a Ordem "segue o assunto com atenção".

Por causa da bactéria, sete bebés internados na Unidade de Neonatologia foram contaminados a 21 de julho.

Enquanto se mantiver o encerramento da Unidade de Neonatologia, todas as mulheres que tenham entre 28 e 31 semanas de gravidez e que os médicos entendam que os seus bebés venham a necessitar de cuidados intensivos neonatais irão nascer no continente.

O Acinetobacter Baumannii tornou-se um agente infecioso problemático pela sua capacidade de persistência e adaptação ao meio hospitalar.

Lusa/AO online / Regional

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