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Rádio Graciosa


20 junho 2012

- O artigo de opinião de hoje intitulado por “Ensino Profissional” é da Responsabilidade de João Costa


Em Maio de 2009 dirigi um requerimento ao Governo Regional acerca da oferta formativa para a Graciosa. Ali pude dar expressão a uma antiga ambição da ilha, salientando as suas especificidades e a necessidade de se adaptarem condições para o ensino profissional.

O Governo, na sua resposta, entendeu, como sempre acontece, que as minhas preocupações não tinham razão de ser e que sabiam o que faziam!

Já no ano de 2010 tive oportunidade de, mais uma vez, deixar as minhas preocupações, intervindo no Conselho de Ilha que preparou a visita estatutária daquele ano, e onde afirmei que: "É sabido que o ensino profissional é um via que cada vez assume maior importância para o futuro dos nossos jovens. Nesse sentido, torna-se necessário adoptar políticas que permitam a mais jovens Graciosenses aceder, na Graciosa, a uma formação que lhes alargue os horizontes e os estimule para o empreendedorismo. A, cada vez mais sentida, desertificação humana tem inúmeras causas e sempre o mesmo efeito devastador para o futuro desta ilha. De entre as causas que contribuem para a desertificação está a constante saída dos jovens Graciosenses em busca de melhor formação. Torna-se, assim, necessário dar atenção à especificidade da Graciosa nas políticas para a formação profissional, possibilitando que os nossos jovens se formem nesta ilha e aqui permaneçam."

Este ano, o Conselho de Ilha da Graciosa volta a ter uma especial preocupação com este aspecto.

É fundamental que não se perca mais tempo às voltas com questões que podem ser resolvidas com vontade política e empenho governamental.

Este Governo Regional já havia "arrumado" com a escola Profissional que existia na Graciosa. Depois, progressivamente, foi abandonando o interesse em providenciar uma oferta formativa adequada às necessidades da ilha e adaptada às suas especificidades.

Quando em 2009 alertei o Governo que "não atender à especificidade da ilha Graciosa culmina muitas vezes na ausência de respostas e acentua uma ainda maior tendência para a resignação governamental perante as dificuldades que se deparam" procurei que a assertividade das minhas palavras estimulasse uma reacção actuante do Governo. Infelizmente, talvez por falta de outros deputados que acompanhassem esta preocupação, o Governo manteve-se resignado e acomodado.

Mas os tempos são de mudança e de novas políticas para os Açores e para a ilha Graciosa.

Estou certo de que a razoabilidade das preocupações, mais uma vez, reafirmadas pelo Conselho de Ilha servirá para que, depois de Outubro, um novo Governo seja capaz de ouvir a ilha Graciosa e de dar resposta aos seus problemas.

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