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Rádio Graciosa


28 fevereiro 2012

Caldeirinha de Pêro Botelho, Características e curiosidades


Embora não seja do nosso conhecimento desde quando e porquê a designação da Caldeirinha Pêro Botelho, tudo leva a crer se dever ao facto de esse ser o nome do seu proprietário nos séculos XVI ou XVII altura em que surgem os Botelhos na Graciosa.




A Caldeirinha Pêro Botelho trata-se de um cone vulcânico, em forma de funil, situado no flanco noroeste do maciço da Serra Branca, termo da freguesia da Luz.

No cimo, a cratera apresenta-se com forma perfeitamente circular e o declive interior é bastante acentuado e com pouca vegetação, só permitindo a descida a pé pelo flanco oposto àquele onde está instalado o marco geodésico, e apenas até certa altura. Daí para baixo, entra-se na parte cilíndrica do funil, a pique, com cerca de 35m de altura. No fundo, a cratera já não tem a forma circular, e está quase toda coberta de vegetação e inundada por carcaças de animais que lá caíram, ou para lá foram arremessados, a SW abre-se um furna, com alguma dimensão, mas sem continuação, contrariamente à “voz popular”, que diz que este se prolonga até à zona costeira de Afonso do Porto, vários quilómetros abaixo e para noroeste.

Esta furna tem 22 metros de boca e 41 metros na sua máxima largura, e no meio dela empilham-se inúmeras pedras provenientes de desabamento do tecto.

Será que este desabamento terá tapado eventual algar, sumidouro da lava então expelida aquando da erupção que originou esta caldeira? Dada a extensão do desabamento e às enormes pedras não é possível responder a essa pergunta, mas não se acredita que seja muito provável.

Os dados aqui referidos são os resultados da exploração feita a esta cavidade no dia 28 de Julho de 1991 pelos exploradores José Maria e Luis Vasconcelos.

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