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Rádio Graciosa


22 novembro 2011

Açores é a região com mais desemprego jovem.

O director regional do Trabalho, Qualificação Profissional e Defesa do Consumidor, mentiu aos açorianos ao referir que os Açores têm a taxa de desemprego jovem mais baixa do país. A afirmação é feita por Alexandre Gaudêncio, da JSD de S. Miguel.
Os jovens sociais-democratas dizem que, em declarações recentes à comunicação social, sobre os números de desemprego verificados em Outubro, Rui Bettencourt disse que o número de desempregados na região com menos de 35 anos apenas atingia cerca de 1.000 pessoas.
No entanto, segundo o relatório divulgado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, no final de Outubro, nos Açores, havia 1.321 desempregados com menos de 25 anos e 1.779 no escalão etário dos 25 aos 34 anos. 
Segundo esses números, e atendendo ao facto de que no total havia 6030 desempregados, isso significa que o número de desempregados com menos de 34 anos representa 51,5 do número total da região, muito acima da média nacional que se situa nos 35 para o mesmo escalão etário, ou seja, os Açores têm a taxa de desemprego jovem mais alta do país!
Esses números revelam que as políticas implementadas pelo Governo Regional, no que toca ao problema do desemprego jovem, não foram eficazes.
Exemplo disso são os mecanismos criados para ocultar o desemprego, em que a instrumentalização dos jovens, através de programas de estágio como o Estagiar L, T e U, tem feito com que se adie uma solução para o futuro dos mais novos.
A falta de uma estratégia em sectores estratégicos para o desenvolvimento da economia regional tem feito com que o Governo Regional aposte em situações de emprego precário adiando assim um problema em vez de tomar medidas concretas e com futuro para desenvolver a economia regional.
Nesse sentido exige-se que o Governo Regional mostre todas as situações que não estão ao abrigo de contratos de emprego. Não basta dizer que temos a taxa de desemprego mais baixa do país quando, na prática, aquilo que se passa nos Açores é ocultar o número real de desempregados através de programas temporários, adiando-se assim um problema que terá consequências num futuro próximo.
Por essas razões e sabendo que o problema do desemprego poderá despoletar outros problemas sociais como a toxicodependência, o alcoolismo e a criminalidade, as entidades competentes têm o dever de combater esse flagelo implementando medidas concretas que possam diminui-lo.
Fonte: Jornal Diário.

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