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Rádio Graciosa


31 agosto 2011

Governo disponibiliza 2 milhões de euros à agricultura.

O secretário regional da Agricultura, Noé Rodrigues, admitiu hoje a “situação difícil” em que se encontram os agricultores dos Açores devido à seca, frisando que os apoios disponibilizados pelo executivo pretendem garantir a sustentabilidade do setor.

“É uma situação difícil, nos primeiros seis meses deste ano verificou-se uma redução significativa da chuva e um aumento da temperatura, o que gerou uma quebra generalizada na produção de alimentos para os animais”, afirmou Noé Rodrigues em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita.

Neste encontro, que durou cerca de duas horas, Noé Rodrigues anunciou um apoio de dois milhões de euros para a produção de alimentos fibrosos, numa medida que visa reduzir o preço a que estes produtos chegam ao agricultor.

“Gostaríamos de ter muito mais para apoiar os agricultores, mas só podemos dar o que temos condições para disponibilizar”, frisou o secretário regional da Agricultura, salientando que os apoios agora anunciados pretendem assegurar “a sustentabilidade do setor e da exploração leiteira”, tendo como “prioridade” manter a produção animal.

Noé Rodrigues admitiu, no entanto, que o executivo regional está “disponível para avaliar as necessidades se a situação se agravar”, frisando que “este é um montante de partida, de acordo com o levantamento que foi feito” da situação gerada pela seca.

A estimativa do governo regional aponta para uma quebra de 40 por cento na produção de milho para forragem, mas a Federação Agrícola dos Açores admite que a quebra pode chegar aos 50 por cento, em média.

“O problema que existe é a falta de alimento para o gado ou a rutura de alimentos que pode acontecer”, frisou Jorge Rita, admitindo que a federação agrícola “queria uma ajuda maior”, na ordem dos três milhões de euros, atendendo à “situação dramática” dos agricultores.

O presidente da Federação Agrícola dos Açores salientou que o governo “fez o levantamento da situação, o diagnóstico está feito, agora é preciso tratar da doença”.

Nesse sentido, manifestou a expetativa de que o executivo regional possa vir a aumentar a ajuda para que os agricultores “possam alimentar os seus animais e manter a produção de carne e de leite”.

Jorge Rita apelou ainda às indústrias de lacticínios para que aumentem o preço do leite que pagam ao produtor, frisando que essa seria “uma forma de partilhar” a resolução do problema.

Fonte: Lusa/AO Online

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