O actual Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa, comemorou o 50º aniversário no passado mês de Maio, com a realização de uma feira aberta, com animação, na Praça Fontes Pereira de Melo, que mereceu a curiosidade e participação de muitas pessoas que a ela acorreram, manifestado o seu apreço por um serviço de imprescindível e elementar proximidade. Para essa actividade foram mobilizados os meios disponíveis através dos profissionais que apresentaram uma oferta de conteúdos e rastreios nas diversas áreas que prestam aos utentes, com vista a promover a vigilância da saúde, no âmbito da prevenção ou no tratamento da doença, incluindo a reabilitação.
Foi feliz a ideia, que publicamente saúdo, evidenciando entre outras, a afectividade e respeito pelo bem estar físico e psíquico para com uma comunidade com as características da graciosense.
O actual edifício cuja data se assinalou, feito de raiz para o efeito, foi-se ajustando com os acordos, a dignidade e os custos possíveis à transformação institucional, de hospital da Misericórdia até à fase actual integrado num serviço nacional de saúde universal e solidário. Viu as consequências da expansão administrativa, o crescimento do corpo clínico, a sustentação de técnicas de diagnóstico e interage com a visita de médicos de especialidades, que episodicamente surgem em resultado dos protocolos firmados com os hospitais de referência.
Melhorada, adaptada e acrescentada, a construção teve o seu desempenho, mas tornou-se insuficiente para dar resposta às exigências do momento, alimentando a necessidade do novo edifício.
Situado na Vila numa área de acessibilidade conveniente, está já em adiantada fase de execução a construção de um outro edifício, no decurso duma Resolução do Conselho do Governo Regional dos Açores de Novembro de 2005, que todos esperamos, carreará melhores condições para quem dele necessita e dará novas possibilidades de desempenho e um estímulo acrescido aos profissionais que nele se ocupam.
O serviço nacional de saúde foi uma conquista do 2º governo constitucional presidido por Mário Soares em 1979 - e foi seu mentor António Arnaut, então Ministro dos Assuntos Sociais - continua acreditado pela Organização Mundial de Saúde, como um serviço de exemplar qualidade a nível mundial, combinando eficiência e segurança, com a qualificação e o desenvolvimento técnico-científico.
De inegável préstimo, o SNS é hoje uma necessidade que importa salvaguardar a todo o custo garantido por um investimento que lhe assegure sustentabilidade, sendo um importante desafio de luta a travar, quando se avizinha uma anunciada austeridade, que atravessará todos os sectores da vida colectiva, desde a vertente social à económica.
A sociedade civil que somos tem que se manter atenta e vigilante.
Haverá eleições no próximo domingo.
É importante que cada qual admita que tendo direitos, tem deveres. A participação na votação, em liberdade, é um dever cívico que cada pessoa deve tomar como sendo de sua íntima e inteira responsabilidade. Que cada um faça a sua parte e não fique indiferente dando um contributo para aquilo que considere como a melhor solução na governação do nosso país. Isso também se consegue através da expressão do voto.
E porque hoje é o dia internacional da criança, deixo o desejo e a esperança da necessidade de zelar para que tenham um futuro com dignidade.
Graciosa, 1 de Junho de 2011
Maria das Mercês Coelho