Os enfermeiros iniciaram às 00h00 da passada sexta-feira uma greve de 24 horas para protestarem contra "a imposição" do Ministério da Saúde em questões salariais.
"Vai ser um dia para permitir aos enfermeiros protestar em função do encerramento do processo negocial e não se ter chegado a um acordo" com o MS relativamente à regularização da grelha salarial, disse à agência Lusa a vice coordenadora do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Guadalupe Simões.
"Não havendo mais negociações não havia possibilidade de obter mais resultados", justificou o sindicato, que considera "totalmente inaceitável" a imposição da grelha salarial, daí a manutenção da greve para sexta-feira
"Sem qualquer perspectiva", o SEP vai agora pedir a intervenção do Presidente da República e do primeiro-ministro através do envio de cartas para dar "conta da forma como o processo negocial decorreu", adiantou Guadalupe Simões.
Segundo o SEP, apesar de ter havido evolução nas negociações, não houve acordo quanto à definição da tabela remuneratória dos enfermeiros, rácios dos enfermeiros principais e remuneração das chefias e direcções de enfermagem.
De acordo com estimativas do secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho, o Estado vai gastar seis milhões de euros no próximo triénio (2011-2013) com a decisão de atribuir aos enfermeiros em início de carreira um salário de 1200 euros em vez de 1020, mas o SEP reclama 1500 euros.
A greve de enfermeiros nacional iniciada sexta-feira como forma de protesto “à imposição” do Ministério da Saúde em questões salariais não teve uma adesão expressiva na Região, o mesmo se passou a nível nacional, pois o primeiro turno da greve, das 00h00 às 08h00, teve uma adesão nacional de 65%.
No Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa a adesão foi de 100%, tendo sido apenas assegurados os serviços mínimos.
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