A presidente do PSD/Açores considerou esta quarta-feira que “os graves problemas de desemprego que se vivem nos Açores exigem novas medidas”, propondo a criação “de um fundo de investimento, que salvaguarde o capital de risco das empresas regionais, que apoie os empresários, os empreendedores, e que incentive a exportação dos nossos produtos e a criação de novas empresas”, afirmou.
“Tem de haver um apoio desse género, que possa servir de alavanca para relançar o nosso tecido económico, pois iria permitir aos jovens empresários uma nova visão de futuro, que desse outra segurança ao surgimento de novas empresas. Esses mecanismos têm de ser criados, pois as medidas actuais não estão a resultar como deviam”, disse Berta Cabral.
A líder social-democrata falava após uma visita à Escola Profissional da Praia da Vitória, e após confirmar “as valias que este tipo de ensino tem introduzido na nossa realidade”, e onde demonstrou a sua preocupação face “às saídas profissionais para todos estes jovens, numa altura em que os Açores apresentam o maior número de desempregados de sempre, com uma taxa de cerca de 7,7 % no primeiro trimestre do ano e mais nove mil pessoas sem trabalho”, explicou.
“Sabemos que esses números poderão ser agora atenuados pelo efeito da sazonalidade, mas o que importa é que existe uma tendência que é preocupante, e que exige de nós um esforço no sentido de relançar a economia, sempre valorizando a formação, mas caminhando para um mercado de trabalho mais próspero, e isso só é possível com o crescimento das empresas”, assegurou.
Berta Cabral desvalorizou a recente apresentação do plano regional do emprego, considerando que “se trata de plano que só vai resultar se o mercado reagir, porque fazer planos qualquer um faz. Mais do que documentos teóricos é preciso estimular a economia, adoptando novas políticas, mas direccionadas directamente a quem emprega e de forma prática. Só assim teremos resultados”, concluiu.
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