
O CIVISA desvalorizou o fenómeno ocorrido segunda-feira no topo da montanha mais alta de Portugal, frisando que a coluna de vapor que provocou alguma agitação entre a população resultou de “excepcionais condições meteorológicas e de visibilidade”.
Nesse sentido, assegurou que “não se deveu a qualquer libertação anómala de gases vulcânicos”.
Segundo o CIVISA, no topo da Montanha do Pico, no denominado Piquinho, “existe uma área de desgaseificação permanente”, que se caracteriza pela emissão de vapor de água a uma temperatura que se situa entre 50 e 75 graus centígrados.
“Este fenómeno dá origem à formação de uma coluna de vapor que, por vezes, em determinadas condições meteorológicas e, em especial às primeiras horas da manhã, se torna particularmente intensa”, esclareceu aquele centro.
Nessas alturas, o fenómeno é “bem visível” a partir de vários pontos da ilha do Pico e também da vizinha ilha do Faial, tendo sido isso que ocorreu na manhã de segunda-feira.
O Vulcão do Pico é relativamente recente, com cerca de 750 mil anos, tendo entrado em actividade pela última vez no século XVIII.
A montanha onde se encontra é o ponto mais alto de Portugal, a 2.351 metros de altitude, e também a terceira mais alta que emerge do Atlântico, medindo desde a zona abissal cerca de cinco mil metros, quase metade dos quais se encontram submersos.
Fonte:Lusa/AO Online.