Gripe A não é mais grave do que uma gripe normal.

A Gripe A não é mais grave do que uma gripe normal. A confirmação foi dada pelo Dr. António Prisca, médico do serviço de doenças infecto-contagiosas do Hospital de Ponta Delgada.O motivo pelo qual se fala tanto do vírus da gripe A H1N1, é “porque se trata de um vírus novo, que se disseminou rapidamente e o único motivo para tanta atenção por parte da comunicação social, foi o elevado número de mortos registado pela patologia”. Esta "taxa de mortalidade, contudo, situa-se bem dentro dos valores registados para uma gripe normal", segundo adiantou o Dr. António Prisca, da unidade de doenças infecto-contagiosas do Hospital de Ponta Delgada.Os níveis de mortalidade da gripe A são iguais ou mesmo inferiores aos níveis de mortalidade da gripe sazonal, revela a fonte hospitalar, que lida diariamente com a doença. Como se trata de uma nova estirpe, nenhuma pessoa tem imunidade a esta doença, pelo que teoricamente, afirma António Prisca, todos seremos em algum momento, contagiados pela gripe A, revela António Prisca.Os grupos de risco (idosos, grávidas, crianças e pessoas com condições crónicas pré-existentes), estão naturalmente mais expostos à doença, já que as suas respostas imunológicas são mais reduzidas do que as dos indivíduos saudáveis. Contudo, segundo revela o médico, na prática, a gripe A acarreta apenas as complicações da gripe sazonal.A vasta maioria das pessoas não precisa de ser internada, nem sequer tratada com Tamiflu, o fármaco que tem sido apontado como a solução para a doença. O tratamento, na maior parte dos casos pode ser feito através de antipiréticos (como é o caso do Paracetemol), repouso e uma boa alimentação/hidratação. De facto, a maior parte das pessoas, adianta o médico, trata a doença em quatro a cinco dias, sem recurso a anti-víricos. Contudo, recomenda-se o recurso aos meios hospitalares, caso se trate de uma pessoa de um grupo de risco, ou caso tenha desenvolvido sintomas agravados. O médico revelou que o uso dos antivíricos, como é o caso do Tamiflu, reduz a duração dos sintomas para um prazo de 24 horas, em vez de durarem alguns dias. Na maioria dos casos não há indicação formal para aplicar o Tamiflu, revela ainda o médico.António Prisca considera ser necessário desmistificar o medo que as pessoas têm desta doença, que afinal de contas, não será mais grave do que uma gripe tradicional.Não obstante, o médico afirma que a doença deve ser travada, como qualquer outra doença, recomendando para isso que se sigam as regras básicas de “etiqueta”, como sejam lavar as mãos com frequência ou tapar a boca com um lenço quando tossir ou espirrar. Refira-se que da totalidade dos 117 casos de gripe A detectados até ontem na Região, a esmagadora maioria já terá sido tratada, através de métodos convencionais.
Na Graciosa, e até ao momento, mantém-se apenas 2 casos confirmados de Gripe A .
Fonte: Jornal Diário.