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Rádio Graciosa


09 julho 2009

João Costa criticou fortemente atitudes do Governo e lembrou problemas que ficaram sem resposta.

Da primeira visita estatutária desta legislatura à ilha Graciosa, João Costa destacou a inauguração do Hotel Graciosa, a inauguração do novo Picadeiro e a reinauguração do Porto de Pescas.
Mas segundo o deputado do PSD, “se estes eventos merecem destaque, certamente que outros há, que também encerram aspectos positivos”, deixando a enumeração dos subsídios às colectividades e os incentivos normais nestas visitas governamentais, como “trabalho aos Senhores Deputados do Partido Socialista e à sua visão do imediato.”
O deputado Graciosense da bancada PSD não deixou de criticar algumas coisas que se passaram durante a visita, e destaca que a Secretária da Educação, acompanhada pelas Directoras Regionais da Educação e da Cultura, “abandonaram uma audição antes de terminar para não chegarem atrasadas a um comício político.”
Na única noite do ano que o Governo passa na ilha Graciosa, o único espectáculo cultural programado para essa noite, e programado desde o inicio do ano lectivo, é alterado para o final da tarde para não coincidir com os interesses partidários do Partido Socialista, o que levou João Costa a perguntar se é assim que o Governo vê a ilha Graciosa.
No ensino, João Costa destacou o facto de no próximo ano lectivo abrir apenas um curso, “curso esse de nível I na área da horto-fluricultura, quando o Governo deixou cair a Escola Profissional da Academia Musical da Ilha Graciosa...” e recordou que na passada legislatura na ALRAA, um deputado do PS Graciosa dizia que os jovens do curso de turismo teriam colocação no novo hotel, que esse hotel iria criar cerca de 30 postos de trabalho e que, portanto, o seu futuro estava assegurado, mas verificou-se que desses jovens apenas um ficou colocado e foram criados 19 empregos e não 30 como anunciado.
Uma situação em que diz que o Governo empurra os jovens para fora da Graciosa.
Lina Mendes, Secretária Regional da Educação explicou a oferta formativa existente na ilha Graciosa, destacando que o curso de jardinagem foi recusado para não colocar jovens no desemprego, que não teriam mercado para trabalhar e explicou que os alunos do curso de turismo estavam a trabalhar, portanto não estão no desemprego.
A Secretária da Educação destacou ainda os diversos apoios e bolsas, mesmo para quem queira frequentar cursos que não existem na região.
José Ávila, deputado do PS, realçou no inicio da sua intervenção o facto do Conselho de Ilha ter considerado positivo o balanço da visita do Governo.
Sobre o emprego criado no hotel, o deputado Graciosense da bancada PS, afirmou que os postos de trabalho não podem ser todos criados no mesmo dia e que todos os jovens do curso de turismo foram contactados, tendo apenas um aceitado o emprego no Hotel.
João Costa criticou ainda a atitude dos deputados socialista nas jornadas parlamentares do PS na ilha Graciosa, em que os deputados para poderem ter mobilidade entre a ilha Graciosa e a ilha de S. Jorge, perante a falta de transportes “apanharam boleia de uma Corveta da Marinha!”, uma “falta de respeito para com todos os Graciosenses que, todos os dias, fazem contas ao seu problema de transportes.”
Helder Silva, líder da bancada socialista da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, explicou a decisão da utilização da corveta, que tinha prevista aquela viagem e esclareceu ainda que devido ao mau tempo não conseguiram fazer a viagem em duas embarcações da Graciosa como estava programado.
Por cumprir e sem respostas durante a visita, o deputado do PSD elegeu a Marina que tinha sido prometida nas legislativas de 2008, que, ganhando as eleições, iria construir uma marina na ilha Graciosa, tendo ficado esquecido o perímetro de ordenamento agrário, questão do areal da Praia, protecção da orla marítima do Degredo e ligação com a rua do Mar em Santa Cruz, a antiga casa da Lavoura, a obra na estrada Limeira – Porto, posto da RIAC na freguesia da Luz, aproximação de cuidados de saúde aos lares de idosos e circular a Santa Cruz, bem como teimosia em não perceber que a permanência de um avião da SATA na Ilha Terceira é uma exigência de serviço público.
João Costa terminou a sua intervenção referindo que “a Ilha Graciosa não fica a dever qualquer favor ao Governo porque é obrigação cumprirem com os compromissos.” E citamos.

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